A “casa inteligente” (onde há um sistema que funciona com vários dispositivos instalados que se conectam entre si por meio da internet) se tornou uma tendência no mercado imobiliário e tudo isso é possível por meio da automação residencial. Segundo a arquiteta especialista em ambientação Gabi Pontual: “Na verdade, o conceito que melhor define a automação hoje em dia é ter tudo integrado, para poder usufruir do seu ambiente, quer seja residência, escritório ou comércio, de uma forma mais inteligente”. Em todo o mundo, o mercado das casas inteligentes teve crescimento de 11,35% nos últimos 6 anos. No Brasil, atualmente, há mais de 300 mil lares que contam com essa tecnologia, segundo dados divulgados pela Aureside (Associação Brasileira de Automação Residencial).
Todos os comandos funcionais de uma casa podem estar interligados a um aparelho, seja celular ou tablet, ou ainda, podem funcionar por comando de voz associados à uma assistente virtual, como a Alexa. “Vai desde ligar a iluminação de casa para criar um cenário, até ligar a banheira, escolhendo a temperatura da água, antes de chegar em casa. A automação pode chegar a esse nível de personalização”, diz Gabi Pontual. A arquiteta conta que a procura por projetos de automação vêm crescendo porque as pessoas estão descobrindo a utilidade além da comodidade. “Um sistema de automação pode ser definido para oferecer mais segurança, ou até mais economia de energia”, completa.
Falando em preços, apesar de hoje ser possível encontrar sistemas de automação simples, o nível de recursos e sofisticação é o que vai determinar a eficiência do projeto. Um sistema composto por controle remoto e dimmer simples, que pode automatizar um conjunto de lâmpadas, é encontrado no mercado por cerca de R$1.500. É possível ter um sistema de acesso por biometria (em que a impressão digital substitui as chaves nas portas de entrada) também a partir de R$1.500 – em média, ou um sistema básico para ar-condicionado e de som por R$1.800.
“Os equipamentos mais sofisticados são importados e, por isso, cotados em dólar, o que acaba colaborando para encarecer projetos mais elaborados”, diz a arquiteta. Para Gabi Pontual, algo que também pesa nos custos é o nível de automação que se quer. “Para uma automação mais profunda, com mais equipamentos envolvidos, o ideal é que o projeto seja desenvolvido junto com a planta do imóvel, ou seja, com o imóvel ainda em construção. Claro que é possível automatizar um ambiente já pronto, embora seja um pouco mais trabalhoso”, esclarece a arquiteta.
Já o perfil dos consumidores que procuram transformar a residência em uma casa inteligente são pessoas de classe média, por volta dos 50 anos. “Os mais jovens geralmente buscam uma automação mais simplificada, algo que envolva apenas, luz e som, por exemplo”, diz Toscano, Head de negócios da Zafiro (empresa especializada em automação residencial).
Fonte: UOL