Este tipo de moradia, antigamente conhecido como “república” e que geralmente abrigava apenas universitários de outras cidades por exemplo, hoje é conhecido como “coliving” e passou a ser a escolha de pessoas com mais de 30 anos, divorciados e até mesmo executivos que querem morar em áreas consideradas privilegiadas na cidade ou pontos específicos, como próximo ao metrô, por exemplo. Porém, o alto preço para se viver em casas compartilhadas tem causado uma indignação em quem procura essa modalidade de locação. Em contraponto aos antigos cortiços e pensões, que seguem firmes abrigando trabalhadores informais, a maioria no Centro.
Isadora Guerreiro, pesquisadora do LabCidade e docente da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (FAUUSP) explica que: “Na hora que precisa diminuir o custo de transporte, você procura localizações mais centrais, mais próximas do trabalho e do lazer. Essas terras começam a ficar cada vez mais disputadas, um dos fatores do aumento do preço do aluguel”.
Em entrevista ao G1 Joel Orellana, morador de um casa compartilhada por 5 pessoas em pinheiros, conta que paga R$1,2 mil por um quarto de 9m². Joel aponta que: “Tem quarto de R$1,9 mil na Vila Olímpia, estão pedindo R$2,4 mil, estão loucos. Já acho R$1,2 mil completamente fora da realidade”.
Mesmo que seja estranho dividir uma casa com não familiares e preços de alugueis exorbitantes, muitas pessoas colocam na balança outras fatores para tomada de decisão final, como por exemplo a localização e segurança. É possível encontrar preços mais baratos em bairros afastados dos grandes centros, mas o tempo e preço para deslocamento acabam igualando os custos para viver em grandes centros ou bairros distantes.
Segundo a especialista em habitação Isadora Guerreiro, a alta dos preços pode ser explicada pela falta de políticas públicas, aquecimento do mercado imobiliário e alta do mercado informal.
Fonte: Globo