Com a Selic em 7,75% ao ano e com previsões de alta, bancos públicos aumentaram as tarifas para o financiamento imobiliário desde setembro, e os bancos privados já sinalizam que reajustes nas tarifas devem acontecer ao longo dos próximos meses dependendo da situação do mercado. A expectativa é que o custo do crédito para a compra de imóveis volte a ficar mais caro a partir de 2022, já que as taxas da Selic devem voltar ao patamar de dois dígitos.
Bancos Públicos
A Caixa Econômica Federal, aumentou as tarifas de 7% ao ano mais TR, para 7,25% ao ano mais TR, na linha de financiamento pré-fixada (tradicional). Já na linha pós-fixada atrelada a poupança, permanece a taxa de 2,95% ao ano, somadas à remuneração da caderneta.
Já o Banco do Brasil, reajustou a taxa de 6,55% ao ano mais TR, para 7,58% ao ano mais TR. Ao menos em nota, o BB afirma que “não há previsão para novos reajustes, que só se justificam na hipótese das variáveis que compõem os preços se alterarem ou que se verifique condição de mercado“.
Bancos Privados
Entre os bancos privados, as taxas do Santander foram reajustadas em Setembro de 7,99% ao ano mais TR para 8,99% ao ano mais TR.
O Bradesco, que até agosto tinha a tarifa mínima em 6,90%, desde de setembro vem trabalhando com uma taxa de 8,50% ao ano mais TR na linha pré-fixada e 2,99% ao ano na linha pós-fixada atrelada a poupança.
O mesmo fez o Itaú. O banco aumentou suas taxas pela última vez em setembro, fixando uma taxa de 8,3% ao ano, mais TR.
O que diz os especialistas
Para Bruno Gama, CEO da Credihome, enquanto as taxas estiverem no limite de 10% ao ano, o mercado estará competitivo.
“A competição entre os bancos é bastante intensa, embora a gente saiba que vai existir algum repasse [nos juros]. A nossa visão é que as taxas vão se estabilizar entre 9% e 10% ao ano, a não ser que a inflação continue subindo e a política monetária tenha que ser mais agressiva“, disse.
Já a Abecip (Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança) prevê uma alta de até 10% nos financiamentos imobiliários em 2022, já considerando taxas maiores. “Será um resultado positivo [em 2022]. Vamos ver um crescimento em cima de uma base muito parruda”, pondera Cristiane Portella, presidente da entidade.
Fonte: G1