Mais uma vez o mercado imobiliário mostra sua resiliência e o brasileiro a sua capacidade de adaptação. A pandemia não acabou e a incerteza em relação ao futuro da Covid-19 no país continua, mas mesmo assim a busca pela casa própria retoma a sua caminhada – e com índices crescentes.
A adaptação do mercado foi rápida, mas é claro que não foi instantânea. Houve perdas, período de paralisação devido à necessidade de quarentena compulsória, mas no balanço o resultado é bastante positivo.
Na verdade, a pandemia está acarretando um conjunto de soluções que, integradas, mostram o quanto o mercado imobiliário é sólido e resiliente.
Índice mostra o aumento na busca pela casa própria
Enquanto a tecnologia apresenta soluções cada vez mais abrangentes e seguras para os negócios imobiliários, as facilidades para financiamento e o plano de mitigação da crise estão incentivando a busca pela casa própria.
O consumidor está reconhecendo as oportunidades e se adaptando rapidamente à nova forma de viver. É exatamente o que mostra o Índice Fipezap em relação ao aumento de vendas, com percentuais de 0,18% em março, 0,20% em abril e 0,23 em maio.
Essa verdadeira escalada da busca pela casa própria reflete ainda uma das principais mudanças trazidas pela crise: o uso em massa da tecnologia possibilitando o fechamento de negócios sem ou quase nenhuma interação pessoal.
Hoje, a maioria absoluta das vendas é feita pela internet, uma tendência que já se mostrava forte antes da crise do coronavírus e que só se consolida ainda mais a cada dia.
Contratações do crédito imobiliário se mantém em alta
A busca pela casa própria não só foi retomada após o auge da crise sanitária, como parece estar em franca ascensão. Os dados de duas das mais importantes instituições de crédito imobiliário apenas confirmam o cenário positivo.
De acordo com a Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip), os financiamentos para compra e construção não param de aumentar.
De abril para maio, por exemplo, houve um aumento de 6,5%, o que significa um aumento de 8,2% em relação ao mesmo período do ano passado.
Em maio o total de financiamentos ficou em R$ 7,13 bilhões. Nesse mesmo mês, houve um aumento de 22,6% nos financiamentos imobiliários com recursos da poupança.
Já no acumulado dos últimos 12 meses, entre junho de 2019 e maio de 2020, o acumulado ficou 30,5% maior do que o dos 12 meses anteriores. Foram R$ 85,1 bilhões de créditos liberados, a maior parte para pessoa física.
É preciso notar que esse período inclui os primeiros meses da pandemia, justamente nos quais houve uma verdadeira paralisação do mercado, entre março e abril de 2020.
Pandemia forçou queda ainda maior do custo do financiamento
Nesse cenário, a pandemia apenas reforçou mais uma tendência que já se formava: a queda dos juros e, consequentemente, dos custos do financiamento.
A taxa Selic em sua mais baixa histórica (2%) e as medidas para agilizar as negociações a distância incentivaram que já tinha uma reserva econômica.
Ao mesmo tempo, a baixa rentabilidade dos fundos de renda fixa e da poupança aliados à alta volatilidade do mercado de ações faz com que o investimento em imóveis seja seguro.
Dessa forma, além do aumento na busca pela casa própria, soma-se também o investidor simples. Ele é aquele que vê na facilidade de financiamento uma boa oportunidade de comprar imóvel para alugar.
Por outro lado, com a adesão permanente do home office pela maioria das empresas, a busca pela casa própria ganha também uma conotação funcional.
Hoje o mercado já nota um aumento na procura por imóveis mais amplos, que possam abrigar tanto um espaço de trabalho confortável quanto uma área externa privativa.
Migração de hábitos incentiva a busca pela casa própria
A própria adaptação à crise do coronavírus está incentivando a busca pela casa própria. É o caso da migração de hábitos para o ambiente online em diversas áreas do dia a dia.
Assim como o trabalho remoto, os serviços de delivery e as videoconferências, a maioria das transações imobiliárias não precisam mais ser presenciais.
Enquanto as imobiliárias e sites especializados usam a internet para sobressair, os cartórios também estão se adaptando à nova realidade.
O que começou como necessidade, hoje é preferência. Levantamento feito pelo PayPal e pela BigData Corp mostra que o mercado online cresceu 40% entre 2019 e 2020. Grande parte do crescimento deste ano impulsionado pela pandemia.
Por outro lado, o home office também incentiva o próprio consumo pela internet. Estando mais em casa, a tendência é de consumir mais pela internet – em todos os setores.
O Painel TIC-Covid-19, lançado em agosto pela Citic, traz dados que reforçam a questão. De acordo com o estudo, a TV e o computador crescem como meios de acesso à internet durante a pandemia.
Na comparação com a pesquisa TIC de 2019, o uso do computador, por exemplo, pulou de 51% em 2019 para 60% durante a pandemia. Já a TV pulou de 40% no ano passado para 58% durante a pandemia.
Corretor precisa acompanhar o cenário
Para compreender os mecanismos de crescimento da busca pela casa própria, o corretor precisa acompanhar o cenário em seus detalhes.
É preciso analisar os dados, não só os índices específicos do mercado imobiliário, mas também as mudanças nos hábitos dos consumidores.
Só assim o corretor pode ter um entendimento real de como adaptar sua estratégia e aproveitar as oportunidades que surgem nos momentos de crise.
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