O corretor de imóveis caba de ganhar mais uma carta na manga para ajudar seus clientes a sair do aluguel. A Caixa anunciou a inclusão das custas de cartório e o valor do Imposto sobre a Transmissão de Bens Imóveis (ITBI) nos contratos de financiamento de imóvel.
A medida não chega a ser novidade em outros bancos, mas como a Caixa retém 70% de todo o crédito imobiliário realizado no país, a medida passa a tingir um público bem maior.
Veja como funcionará a novidade da Caixa e como o corretor pode usá-la para aumentar o índice de vendas.
Financiamento de imóvel fica mais acessível
Faça as contas: quantos negócios você, corretor, já deixou de fechar porque o cliente não tinha o valor total disponível para dar o pontapé inicial ao financiamento de imóvel?
Mais do que desejaria, com certeza. Não é difícil acontecer. Afinal, mesmo que o cliente tenha condições de arcar com o financiamento de imóvel reunir o dinheiro necessário para a entrada mais as despesas não é fácil. Principalmente quando o cliente ainda tem que arcar com o aluguel.
No financiamento de imóvel de R$ 500 mil, por exemplo, a entrada costuma ser de 30% (R$ 150 mil). Soma-se o ITBI de 6% do valor do imóvel, percentual em RJ e SP, e as custas com cartório.
No total é preciso que o cliente tenha em mãos cerca de R$ 180 mil para dar entrada no processo.
A proposta da Caixa é incorporar esses valores ao financiamento de imóvel, facilitando a vida financeira do cliente.
Dessa forma, não há um grande impacto no valor total do financiamento, com uma mudança muito pequenas nas parcelas. Entretanto a diferença do valor inicial disponível é bastante expressiva.
A medida vale oficialmente para todos os contratos de financiamento imobiliários assinados a partir do dia 2 de julho. Entretanto, a própria Caixa afirma que desde abril algumas agências já estavam operando a medida, que já beneficiou mais de 3 mil contratos.
Atenção aos casos excludentes
Entretanto, é preciso que o corretor fique atento, porque o benefício tem casos excludentes.
A Caixa frisa que a medida só é válida nos seguintes casos:
- Os custos cartoriais e de ITBI devem ser de até 5% o valor do financiamento de imóvel para as operações com uso dos recursos da poupança e de até 4% para as que utilizem os recursos do FGTS.
- Valor do imóvel não pode passar de R$ 1,5 milhão.
De acordo com o órgão, a ideia da Caixa é evitar que os clientes migrem para outros bancos em busca de crédito com prazos menores ainda que com taxa de juros mais cara.
A expectativa dos analistas é que as medidas injetem R$ 2,5 bilhões na economia ainda este ano, e o dobro desse valor a partir de 2021.
Mudança não é a única para os novos contratos da Caixa
Apesar desta ser a mudança mais impactante anunciada pela Caixa, não é a única. A instituição anunciou também que passa a fazer o registro de imóveis de forma eletrônica.
Com isso, o período de espera pela documentação passa dos 45 dias em média para apenas 5. Agora a Caixa está totalmente integrada ao sistema de cartório de todo o país, que integra 1.356 unidades. Os estados que ainda não integram a plataforma estão sendo adaptados.
Com o registro eletrônico de imóveis em funcionamento desde o dia 13 de julho, acabou a necessidade de o cliente levar o registro pessoalmente ao cartório após a assinatura de todas as partes envolvidas.
Dessa forma, o seu cliente ganha muito mais praticidade e economia para comprar sua casa própria e se livrar do aluguel.
Caixa reduz taxa para a home equity
A inclusão dos valores do ITBI e dos custos cartorais no financiamento de imóvel já é prática antiga em outros bancos.
Banco do Brasil e Bradesco, por exemplo, já oferecem essa facilidade há muitos anos. Itaú Unibanco e Santander também oferecem o serviço em condições semelhantes.
No entanto, a Caixa é responsável por 70% dos pedidos de crédito imobiliário, o que faz com que, na prática, só agora o serviço seja realmente popularizado.
Por outro lado, desde o dia 3 de agosto a Caixa começou também a praticar novas taxas para o home equity, de até 0,90% ao mês.
Muito comum nos Estados Unidos, nessa modalidade, o imóvel residencial ou comercial é dado como garantia do empréstimo.
Por aqui esse nicho do setor movimenta cerca de R$ 11 bilhões, 32% deles pela Caixa. Com a nova medida o banco espera aumentar o volume de contratações em 10 vezes, chegando aos R$ 40 bilhões.
De acordo com a instituição, a atualização do financiamento poderá ser feita pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), Taxa Fixa ou pela Taxa Referencial de Juros (TR).
A medida, no entanto, estará disponível apenas para os imóveis livres de ônus, ou seja, que não têm garantia para nenhum outro banco. Todos os contratos terão prazo máximo 15 anos.
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