Queda drástica no número de distratos, Selic em seu mais baixo patamar histórico (5%), crédito imobiliário indexado pelo IPCA, redução dos juros. Tudo isso faz com que as expectativas sejam para lá de boas para o mercado imobiliário em 2020, mesmo com a expectativa de um PIB modesto, abaixo de 1% ao ano.
Para muitos profissionais do setor os anos de crise já passam longe. Em São Paulo, por exemplo, o aumento nas vendas chegou a impressionantes a 70% só nos nove primeiros meses de 2019.
Mas afinal, será que há mesmo motivo para ânimos tão otimistas? Quais devem ser as condições do mercado imobiliário para o próximo ano?
Veja o que acham os especialistas e descubra por que há tanto corretores e imobiliárias comemorando.
Mercado imobiliário reflete a recuperação da economia
Para os especialistas, o mercado imobiliário apenas reflete a recuperação da economia. Apesar de ainda bem discreta, ao que tudo indica será gradativa e sustentável.
Na capital paulista, por exemplo, os guindastes das construtoras voltaram a fazer parte do cenário. E ao que tudo indica, a skyline vai mudar ainda mais, em breve.
Os edifícios residenciais e comerciais de médio e alto padrão puxam a mudança, segundo dados da Fundação Getúlio Vargas (FGV).
As captações bilionárias da Bolsa são um forte aceno de toda essa movimentação nos canteiros. Foram R$ 3,8 bilhões captados em ações por incorporadoras e construtoras entre julho e novembro desse ano.
Mas a Bolsa está longe de ser a única fonte de financiamento, muito pelo contrário. Os fundos de investimento também estão ajudando a alavancar o setor. Bancos estão comprando edifícios corporativos inteiros para garantir o rendimento dos cotistas.
O reflexo da mudança já alcança outros setores. O do aço, por exemplo, já registra um aumento significativo na demanda vinda do mercado imobiliário.
Selic mais baixa deve atrair 4 milhões de novos consumidores
Apesar de não influenciar diretamente, a Selic a 5% deve atrair cerca de 4 milhões de novos consumidores aos financiamentos imobiliários.
Com a taxa básica de juros tão baixa e um mercado mais confiante no acesso à casa própria, a maioria dos bancos já reduziu os juros do financiamento.
Por outro lado, quem buscou o crédito em plena crise tem possibilidade de renegociar as dívidas a juros mais baixos. Para isso basta exercer seu direito à portabilidade e correr para um banco com taxas menores.
A Lei do Distrato, por sua vez, reduziu a quantidade de contatos desfeitos. Mais uma contribuição à consolidação de um cenário positivo para construtoras e incorporadoras.
E não se pode esquecer que a Selic tão baixa promove uma verdadeira fuga dos fundos de renda fixa. Com isso o mercado imobiliário se torna ainda mais atraente para os investidores.
Ao que tudo indica, 2020 poderá ainda mais cortes na Selic, já que a estimativa é que a taxa chegue a 4,5% no próximo ano.
Ou seja, nesse quadro positivo a Selic é uma grande impulsionadora. Não só reaquece o mercado como também cria novas oportunidades de negócios.
Volume de lançamentos aumenta 23,9% do terceiro trimestre
Segundo a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (Cbic), o volume de lançamentos em todo o país aumentou 23,9% no terceiro trimestre em relação ao mesmo período de 2018.
As vendas também tiveram balanço positivo, contabilizando 15,4% a mais. Ainda assim ficou 4,9% menor do que no trimestre anterior.
Nada que preocupe a Cbic, no entanto, já que a queda é considerada sazonal e comum no primeiro e terceiro trimestre de cada ano.
O que pode nublar um pouco o horizonte, no entanto, é a redução dos recursos do FGTS, uma das principais fontes de financiamentos da casa própria, assim como o corte de repasses e subsídios para o programa Minha Casa Minha Vida.
O programa do governo federal é, ainda hoje, responsável por nada menos que 56,9% dos lançamentos em todo o país. É o financiamento popular, portanto, que mais preocupa a Cbic, que espera mais soluções para o crédito para as camadas mais baixas da sociedade.
Nesse caso, justamente onde se concentra o maior déficit habitacional é onde se encontra o menor orçamento disponível.
De acordo com a Câmara, o governo federal deve hoje R$ 500 milhões a empresas. A maioria é composta por construtoras para a faixa 1 do MCMV, a de famílias com renda mensal até R$ 1.800.
Para o ano que vem, a estimativa é que o programa receba o menor volume de recursos da história.
De um modo geral, no entanto, as projeções são não só favoráveis, mas apontam para um crescimento sólido e maduro do mercado imobiliário para 2020.
E você, o que pensa sobre o mercado imobiliário em 2020? Está preparado para arcar com o maior volume de vendas? Venha conhecer o Imobzi e descubra como ele pode fazer sua imobiliária decolar de vez em 2020!