O mercado imobiliário do Rio de Janeiro se destacou no primeiro trimestre de 2025 como o mais aquecido entre as capitais brasileiras, registrando a maior valorização nos lançamentos residenciais, tanto no segmento econômico quanto no de luxo. Segundo dados do Índice de Lançamentos Imobiliários, elaborado pelo Grupo OLX com base em informações da plataforma DataZAP, a cidade apresentou uma alta média de 10,32% nos preços dos novos empreendimentos.
Na divisão por segmentos, os números impressionam: os lançamentos econômicos tiveram valorização de 22,28%, enquanto os de alto padrão avançaram 29,28%, colocando a capital fluminense na liderança nacional em ambos os nichos.
O desempenho do mercado carioca foi impulsionado, sobretudo, por empreendimentos localizados em áreas valorizadas da cidade. A zona sul concentra os lançamentos mais luxuosos, especialmente nos bairros do Leblon e de Ipanema, onde o metro quadrado pode alcançar até R$ 42 mil. Já na zona oeste, a Barra da Tijuca, com destaque para o Jardim Oceânico, vem se consolidando como polo de alto padrão, com valores que chegam a R$ 34 mil por metro quadrado.
“Os lançamentos de luxo em áreas premium foram determinantes para a valorização registrada no mercado carioca”, afirma Coriolano Lacerda, gerente de inteligência imobiliária do Grupo OLX.
No acumulado de 12 meses, o Rio de Janeiro também lidera com folga, registrando crescimento de 40,69% nos preços dos lançamentos, seguido por Porto Alegre (39,38%) e a região metropolitana de São Paulo (20,48%).
Outras capitais também apresentaram desempenho expressivo. Curitiba foi destaque no segmento de médio padrão, com valorização de 37%, enquanto Porto Alegre liderou em valor absoluto no trimestre, com alta de 11,34%. Por outro lado, cidades como Campinas, Florianópolis e Fortaleza enfrentaram retração nos preços, com quedas de 9,97%, 16,64% e 17,30%, respectivamente.
O preço médio dos lançamentos no Brasil foi de R$11.993 por metro quadrado. Porto Alegre aparece no topo do ranking com o metro quadrado mais caro, a R$14.487, seguida por Florianópolis (R$13.800) e Curitiba (R$13.785). São Paulo registrou leve recuo de 0,59% no trimestre, mas ainda acumula alta de 7,66% no ano, sustentada por lançamentos de médio e alto padrão.
No panorama anual, os lançamentos residenciais no país avançaram 12,38%, superando o Índice Nacional da Construção Civil (INCC), que teve alta de 7,37% no mesmo período.
“A expectativa é de que ambos os segmentos continuem com bom desempenho. O mercado de luxo, especialmente, pode se beneficiar de um ambiente de crédito mais restritivo. Já no segmento econômico, a continuidade dos recursos do FGTS, voltados ao programa Minha Casa Minha Vida, deve manter o ritmo de lançamentos”, conclui Coriolano Lacerda.
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Informações retiradas de Leticia Furlan a Exame