O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta quinta-feira (25) que o Brasil ainda precisa desenvolver um mercado secundário sólido para os créditos imobiliários. Durante evento promovido pela CNN Brasil, Haddad destacou que o país carece de um sistema eficiente para transformar dívidas imobiliárias em títulos negociáveis no mercado de capitais.
“Estamos devendo uma solução para o mercado secundário de créditos imobiliários”, disse o ministro. Segundo ele, a criação desse mercado é uma das metas da equipe econômica. “É um dos legados que a Fazenda vai deixar”, completou.
O tema ganhou força diante da redução dos recursos da caderneta de poupança, tradicional fonte de financiamento habitacional no país. Ontem, o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, também abordou a questão em audiência pública na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado. Para ele, a queda no volume da poupança tem caráter estrutural e exige a adoção de um novo modelo de captação de recursos para o crédito habitacional.
Além disso, Haddad criticou o elevado spread bancário brasileiro e defendeu medidas para sua redução. “O spread bancário no Brasil é muito alto, e uma das formas de reduzi-lo é melhorar a garantia. O consignado privado é uma garantia”, afirmou.
Lançado em março, o novo modelo de crédito consignado para trabalhadores do setor privado já apresenta resultados expressivos. De acordo com Haddad, “em um mês se chegou a oito milhões de negociações no consignado privado. O consignado antigo levou 20 anos para chegar em 40 milhões”, comparou.
A fala do ministro reforça a urgência em diversificar as fontes de financiamento e estruturar mecanismos de securitização que deem fôlego ao crédito imobiliário no Brasil.
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Informações retiradas de Valor Econômico