A cidade do Rio de Janeiro registrou um aumento expressivo na quantidade de imóveis destinados ao aluguel por temporada entre abril de 2024 e março de 2025. De acordo com dados do Secovi Rio — sindicato que representa o setor imobiliário no estado — revelam que o número de anúncios subiu de 21.180 para 25.020, o que representa um crescimento de 18% em apenas 12 meses.
Esse avanço acompanha o aquecimento do turismo na capital e a busca por hospedagens mais flexíveis. No entanto, também acende um alerta sobre os impactos que o modelo pode causar em áreas residenciais e na dinâmica urbana de bairros turísticos.
O Recreio dos Bandeirantes foi o bairro com o maior crescimento proporcional, com um salto de 367% na oferta de imóveis por temporada. Em seguida aparecem a Barra da Tijuca, com alta de 97%, e São Conrado, com 71%, mostrando que o fenômeno vai além da tradicional Zona Sul.
Apesar da expansão em outras regiões, os bairros com maior número de imóveis seguem sendo Copacabana (7.760 anúncios), Ipanema (2.231) e o Leblon (1.216), locais com infraestrutura consolidada para o turismo.
Em relação ao preço das diárias, Ipanema lidera com o valor médio mais alto: R$ 1.042 por noite. Na sequência aparecem o Leblon (R$ 984) e Copacabana (R$ 661). A média geral na cidade ficou em R$ 662, com variação de apenas 5% em relação ao ano anterior — um sinal de estabilidade nos preços, mesmo com o aumento da demanda.
A valorização dessas locações temporárias levanta discussões sobre o equilíbrio entre turismo e moradia, especialmente em bairros como Ipanema e Leblon, onde a pressão sobre o mercado tradicional de habitação já é alta. O avanço desse modelo deve permanecer no radar de autoridades e moradores, diante da necessidade de regulamentações que conciliem os diferentes interesses envolvidos.
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Informações retiradas de Ancelmo Gois ao O Globo