O valor do aluguel residencial continua em trajetória de alta no Brasil. Segundo o Índice FipeZAP de Locação Residencial, divulgado nesta terça-feira (15), os preços subiram 3,22% no primeiro trimestre de 2025 — avanço superior à inflação medida pelo IPCA/IBGE (+2,04%) e pelo IGP-M/FGV (+0,99%) no mesmo período. Em 12 meses, a valorização acumulada chegou a 12,91%.
Somente em março, os aluguéis aumentaram, em média, 1,15% nas 36 cidades monitoradas, indicando uma nova aceleração em relação aos meses anteriores: dezembro (+0,93%), janeiro (+0,96%) e fevereiro (+1,07%). As unidades com um dormitório apresentaram a maior variação mensal, com alta de 1,45%, enquanto imóveis com quatro ou mais dormitórios subiram 0,95%.
O levantamento mostra que 35 das 36 cidades pesquisadas registraram alta no valor dos aluguéis em março. Entre as capitais, os maiores reajustes foram observados em Vitória (+3,29%), Campo Grande (+3,06%), Teresina (+2,36%) e Maceió (+2,21%). Brasília foi a única exceção, com queda de 0,10%.
No acumulado do trimestre, Campo Grande lidera com alta de 8,47%, seguida por Aracaju (+7,28%) e João Pessoa (+6,70%). Em 12 meses, os destaques foram Salvador (+33,08%), Campo Grande (+27,33%) e Porto Alegre (+24,98%).
Apesar da forte valorização, os preços ainda variam bastante entre as capitais. Em março, o valor médio nacional foi de R$ 48,03/m². São Paulo lidera com o aluguel mais caro (R$ 59,83/m²), seguida por Belém (R$ 57,29/m²) e Recife (R$ 57,16/m²). As menores médias foram registradas em Aracaju (R$ 25,71/m²) e Teresina (R$ 22,82/m²).
Quanto à rentabilidade do aluguel — a chamada rental yield —, o retorno médio foi de 5,88% ao ano, abaixo das aplicações financeiras mais conservadoras. Mesmo assim, cidades como Manaus (8,39% a.a.), Belém (8,37% a.a.) e Recife (8,18% a.a.) se destacaram com os maiores retornos. Imóveis com um dormitório apresentaram a melhor performance (6,59% a.a.), enquanto os de quatro ou mais quartos tiveram menor rendimento (4,80% a.a.).
“A dinâmica dos aluguéis revela um mercado ainda aquecido, com demanda resiliente e reajustes acima da inflação em boa parte do país”, aponta o relatório do FipeZAP, que é baseado em anúncios de apartamentos prontos veiculados na internet.
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Informações retiradas de Isto é Dinheiro