O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) registrou alta de 0,56% em março, conforme dados divulgados pelo IBGE. Embora abaixo da taxa de fevereiro (1,31%), esse é o maior resultado para o mês desde 2023, quando o índice foi de 0,71%. Com isso, a inflação acumulada no ano chega a 2,04%, e o acumulado em 12 meses alcança 5,48%.
Todos os nove grupos de produtos e serviços pesquisados apresentaram variação positiva no mês. O maior impacto veio do grupo Alimentação e bebidas, que subiu 1,17% e respondeu por 0,25 ponto percentual do índice — cerca de 45% do IPCA de março. Os destaques ficaram por conta da alta no preço do tomate (22,55%), do ovo de galinha (13,13%) e do café moído (8,14%).
“A alimentação no domicílio subiu 1,31%, pressionando fortemente o índice do mês”, informou o IBGE. Por outro lado, itens como óleo de soja (-1,99%), arroz (-1,81%) e carnes (-1,60%) apresentaram queda.
A alimentação fora do domicílio também acelerou, passando de 0,47% em fevereiro para 0,77% em março. Os subitens refeição (0,86%) e cafezinho (3,48%) puxaram a alta, enquanto o lanche desacelerou (0,63%).
O grupo Despesas pessoais registrou a segunda maior variação (0,70%), influenciado pelo fim da “semana do cinema”, que levou o subitem cinema, teatro e concertos a subir 7,76%.
Em Transportes (0,46%), as passagens aéreas (6,91%) e os combustíveis (0,46%) contribuíram para a alta, ainda que em ritmo menor que o observado em fevereiro. A gasolina variou 0,51% (ante 2,78% em fevereiro), o óleo diesel 0,33%, e o etanol 0,16%. Já o gás veicular subiu 0,23%, revertendo a queda de 0,52% do mês anterior.
No mesmo grupo, as tarifas de ônibus urbano apresentaram queda (-1,09%), influenciadas por medidas regionais como a tarifa zero em Brasília e a tarifa promocional em Curitiba aos domingos e feriados. “Essas ações ajudaram a conter parte da alta no setor de transportes”, avaliou o instituto.
A energia elétrica residencial, que havia disparado 16,80% em fevereiro, desacelerou para 0,12% em março, ajudando o grupo Habitação a registrar variação mais modesta de 0,24%.
Entre as regiões pesquisadas, Curitiba e Porto Alegre apresentaram a maior variação mensal (0,76%), puxada pelo aumento no preço da gasolina. Já as menores variações foram registradas em Rio Branco (0,27%) e Brasília (0,27%), reflexo da queda nas passagens aéreas e da gratuidade no transporte público.
O IPCA é calculado desde 1980 e abrange famílias com rendimentos entre 1 e 40 salários mínimos em dez regiões metropolitanas e seis capitais do país. Os preços foram coletados entre 27 de fevereiro e 31 de março de 2025.
Quer continuar atualizado sobre o mercado imobiliário? Então se inscreva na nossa Newsletter. Todas as terças e sextas, às 7:15, nós enviamos no seu e-mail as principais notícias do mercado Imobiliário. Vejo você lá!
Informações retiradas de Natalia Furtado ao CBN