Os brasileiros estão cada vez mais presentes no mercado imobiliário da Flórida, e as perspectivas para 2024 seguem positivas, com muitos investidores apostando nas políticas do segundo mandato de Donald Trump. O estado da Flórida tem sido um destino cada vez mais atrativo para os brasileiros, que figuram como os terceiros estrangeiros que mais compraram imóveis no estado no último ano.
De acordo com o relatório Perfil de Transações Residenciais Internacionais de 2023 na Flórida, os brasileiros investiram US$ 1,451 bilhão na região, um salto de 200% em relação a 2022. Com uma taxa de valorização dos imóveis e uma série de incentivos fiscais, o estado continua sendo uma excelente oportunidade para quem busca diversificar e proteger o patrimônio.
Trump e o mercado imobiliário: o que esperar?
A grande dúvida no momento é como o novo governo de Donald Trump impactará o setor imobiliário e as transações internacionais. Conhecido pela sua postura em favor de cortes fiscais e desregulamentação, Trump tem um histórico de criar um ambiente favorável para empresários e investidores. E é isso que muitos empresários brasileiros, como Flávio Rodrigo Marçal, que atua em Winter Garden, esperam para o futuro.
“Nos primeiros anos do governo, a tendência é sempre de otimismo. Trump provavelmente irá focar em deixar a máquina pública mais eficiente e cortará gastos. Parte desses recursos deve retornar para a economia em forma de menos tributos, o que vai ajudar a impulsionar o mercado”, analisa Marçal.
Para o empresário Antônio Clementino Rezende, de Belém do Pará, Trump será um catalisador de novas oportunidades. “Estamos confiantes que a visão estratégica dele trará mais estabilidade e segurança para os investidores. Uma administração conservadora abre o caminho para mais negócios e para um ambiente mais favorável para o mercado imobiliário”, afirma.
O impacto das taxas de juros
A grande questão é como as taxas de juros irão se comportar. O mercado imobiliário depende de financiamentos, e um Federal Reserve mais rigoroso no controle da inflação pode significar juros mais altos, o que impacta diretamente no custo do crédito. Isso pode afetar a valorização dos imóveis e o apetite dos investidores.
“Quando as taxas de juros sobem, o custo do financiamento também aumenta. Isso pode mudar o apetite dos investidores e afetar a valorização dos imóveis. Mas, se o governo trabalhar em incentivos fiscais e estimular o crescimento, o mercado ainda será muito atrativo”, explica Thiago Davila, sócio da Davila Finance.
Leandro Sobrinho, especialista no mercado imobiliário, lembra que diversificar e dolarizar os ativos é uma estratégia importante para proteger o patrimônio das variações cambiais. “Quem investe nos EUA tem a vantagem de estar protegendo seu patrimônio com ativos em dólar, o que ajuda a manter o valor mesmo em momentos de incerteza”, diz.
A Flórida continua sendo o destino preferido
O estado da Flórida continua a ser o mais procurado por investidores brasileiros, especialmente devido aos incentivos fiscais e ao crescimento constante do mercado imobiliário. Cidades como Miami e Orlando estão em alta, com imóveis de luxo na primeira cidade chegando a US$ 1,3 milhão e propriedades em Orlando a partir de US$ 450 mil. A falta de imposto de renda estadual e a forte valorização dos imóveis tornam a Flórida um local estratégico para diversificação de portfólios.
Para Marçal, a valorização histórica da Flórida deve continuar, tornando o estado ainda mais atrativo. “Minha estratégia é focada em bons projetos, aqueles que têm um histórico positivo e resultados consistentes. A valorização dos imóveis é uma tendência que deve prevalecer”, explica ele.
Com políticas que buscam fortalecer a economia interna, a Flórida promete continuar sendo um destino promissor para investidores internacionais. Porém, especialistas alertam para a necessidade de equilíbrio entre os estímulos econômicos e a gestão fiscal para que o mercado continue saudável.
Enquanto isso, empresários como Rezende seguem confiantes. “Estamos prontos para continuar investindo nos EUA, que para muitos de nós já é uma segunda casa”, finaliza.
Informações retiradas de Terra.
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