O mercado imobiliário, cada vez mais digitalizado, tem sido alvo frequente de fraudes sofisticadas. Golpes envolvendo falsos aluguéis, vendas ilegais e financiamentos fraudulentos geram prejuízos significativos e complicações jurídicas para as vítimas. Para garantir negociações seguras, é essencial conhecer os principais tipos de fraudes e adotar medidas preventivas.
Principais golpes no mercado imobiliário
1. Golpe do aluguel falso
Criminosos criam anúncios fictícios de imóveis para alugar, utilizando fotos reais retiradas de sites de imobiliárias. A vítima, acreditando na oferta, realiza um depósito antecipado para garantir a locação, mas descobre posteriormente que o imóvel nunca esteve disponível.
2. Venda de imóveis sem autorização
Fraudadores se passam por proprietários e vendem imóveis sem o conhecimento dos verdadeiros donos. Eles falsificam escrituras e documentos para convencer compradores a realizarem transferências financeiras. A fraude é descoberta apenas quando a vítima tenta registrar o imóvel e percebe que ele já pertence a outra pessoa.
3. Esquema de financiamento fraudulento
Golpistas oferecem condições facilitadas para financiamento imobiliário, cobrando taxas antecipadas para agilizar a liberação do crédito. Após o pagamento, os criminosos desaparecem e a vítima nunca recebe o financiamento prometido.
Sinais de alerta para fraudes imobiliárias
- Exigência de pagamento antecipado sem garantias: Golpistas justificam cobranças como “taxa de reserva” ou “entrada para garantir o negócio”. Nunca realize pagamentos sem segurança contratual.
- Documentação inconsistente ou inexistente: Sempre solicite a matrícula atualizada do imóvel no cartório de registro para confirmar a titularidade e a regularidade da propriedade.
- Corretores ou vendedores sem registro profissional: Antes de fechar negócio, consulte o CRECI para verificar se o profissional é credenciado.
- Pressão para fechar negócio rapidamente: Frases como “há várias pessoas interessadas” ou “o proprietário só aceita pagamento imediato” podem indicar tentativa de fraude.
- Contrato com cláusulas incompletas ou genéricas: O contrato deve conter informações detalhadas sobre as partes envolvidas, condições de pagamento, penalidades e demais termos essenciais.
- Falsos intermediários e empresas desconhecidas: Verifique se a imobiliária tem CNPJ ativo, registro no CRECI e histórico confiável em sites de reclamações.
Como se proteger de fraudes imobiliárias
Adotar práticas preventivas é fundamental para garantir uma negociação segura. Confira três estratégias essenciais:
1. Pesquise a procedência do imóvel e do vendedor
- Solicite a matrícula atualizada do imóvel para verificar a titularidade e possíveis dívidas;
- Cheque o histórico do imóvel para identificar disputas de posse ou hipotecas;
- Confirme a identidade do vendedor e, em caso de empresas, consulte o CNPJ e a reputação da imobiliária.
2. Verifique a idoneidade do corretor e da imobiliária
- Consulte o site do CRECI para verificar se o corretor é credenciado;
- Pesquise a situação da empresa no site da Receita Federal;
- Desconfie de profissionais que evitam encontros presenciais ou que se comunicam apenas por redes sociais.
3. Nunca realize pagamentos antecipados sem garantias
- Nunca transfira dinheiro sem antes assinar um contrato formal e validar a documentação do imóvel;
- No caso de aluguel, sempre visite o imóvel antes de realizar qualquer pagamento;
- Prefira pagamentos por meio de cartório ou conta bancária vinculada a um contrato oficial.
A busca por imóveis envolve investimentos significativos, e uma fraude pode resultar em perdas irreparáveis. Conhecer os golpes mais comuns e adotar medidas preventivas é a melhor forma de garantir uma negociação segura. Ao negociar um imóvel, desconfie de ofertas excessivamente vantajosas e sempre verifique todas as informações antes de fechar negócio.
Informações retiradas de Diandra Guedes à Exame.
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