Quase metade dos interessados em comprar um imóvel planeja gastar até R$ 350 mil, enquanto a maioria dos vendedores espera receber entre R$351 mil e R$800 mil, segundo pesquisa da plataforma Loft em parceria com a Offerwise. O estudo, realizado em outubro e novembro de 2024, abrangeu São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Porto Alegre.
Apenas 34% dos vendedores entrevistados aceitam vender por até R$350 mil, enquanto 40% buscam valores entre R$351 mil e R$800 mil. Ainda assim, 62% dos vendedores estão dispostos a oferecer descontos, com 40% deles abrindo mão de até R$50 mil do preço inicial.
“Ainda que haja boa vontade para fechar um acordo imobiliário, essa disparidade entre o que se espera receber e o que se espera pagar pode levar a um tempo maior de negociação entre as partes, tornando o processo mais demorado”, afirma Fábio Takahashi, gerente de dados da Loft.
Preços médios e tendências de mercado
O preço médio de venda de imóveis nas cidades pesquisadas é de R$605 mil, de acordo com dados do imposto de transmissão de bens imóveis (ITBI). São Paulo tem o maior tíquete médio, de R$681 mil, seguido pelo Rio de Janeiro, com R$639 mil. Em Porto Alegre e Belo Horizonte, os valores são menores: R$562 mil e R$537 mil, respectivamente. Esses fatores são importantes para compradores e vendedores.
Os preços dos imóveis no Brasil subiram 7,34% em 2024, segundo levantamento da FipeZap, com o valor médio do metro quadrado atingindo R$9.306.
Perfil de compradores e formas de pagamento
A maioria dos compradores dispostos a gastar até R$350 mil é composta por jovens das gerações millennial e Z, com idades entre 25 e 34 anos, pertencentes às classes sociais B, C e D/E. A principal forma de pagamento pretendida é o financiamento bancário, especialmente por meio do programa Minha Casa, Minha Vida.
Já os compradores da classe A, com idade entre 45 e 54 anos, tendem a buscar imóveis entre R$801 mil e R$2 milhões, preferindo utilizar recursos próprios para a aquisição.
Com a diferença entre as expectativas de compradores e vendedores, as negociações podem ser mais longas, refletindo os desafios do mercado imobiliário em 2024.
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Informações retiradas de Isto é Dinheiro