O mercado imobiliário de São Paulo manteve-se aquecido em outubro, alcançando novos recordes, segundo o Sindicato da Habitação (Secovi-SP). As vendas de imóveis residenciais novos cresceram 63,4% em relação a outubro de 2023, totalizando 11,4 mil unidades. Nos últimos 12 meses, foram comercializadas 99 mil unidades, alta de 31% e o maior volume já registrado.
A velocidade de vendas também cresceu, atingindo 62,4% no período de 12 meses até outubro, 7,5 pontos percentuais acima do registrado no ano anterior.
Lançamentos e estoques
A alta nas vendas motivou incorporadoras a ampliar os lançamentos. Em outubro, foram lançados 10,2 mil imóveis, alta de 27,7% em relação ao mesmo mês de 2023. Nos últimos 12 meses, os lançamentos subiram 33%, chegando a 97,2 mil unidades, outro recorde histórico.
Com mais vendas do que lançamentos, o estoque de imóveis novos disponíveis (na planta, em obras e recém-construídos) caiu 12,6% em um ano, totalizando 53,6 mil unidades em outubro.
Minha Casa Minha Vida lidera o mercado
O programa habitacional Minha Casa Minha Vida (MCMV) segue impulsionando o mercado. As vendas dentro do programa cresceram 53% no acumulado de 12 meses, somando 54,6 mil unidades e representando 55% das transações do período. Já os lançamentos ligados ao MCMV subiram 84%, para 61 mil unidades, correspondendo a 63% do total de lançamentos.
As novas regras do programa, introduzidas em 2023, foram decisivas para o avanço. Elas incluem aumento de subsídios, redução de juros e ampliação do preço máximo dos imóveis elegíveis para R$ 350 mil. Recentemente, cortes de impostos para construtoras e ajustes nas faixas de renda dos beneficiários também incentivaram o crescimento.
Médio e alto padrão apresentam desempenho modesto
Enquanto o MCMV se destaca, o segmento de médio e alto padrão apresentou resultados mais tímidos. As vendas cresceram 7% nos últimos 12 meses, alcançando 37,9 mil unidades, enquanto os lançamentos caíram 10%, somando 36,3 mil unidades.
A alta nas taxas de juros, que impacta as linhas de financiamento desse segmento, tem inibido o desempenho e reduzido o ritmo de novos projetos.
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Informações retiradas de Economia UOL
