O mercado imobiliário brasileiro espera um novo ciclo de crescimento em 2025, motivado pelo aumento na demanda por imóveis econômicos e pela expansão de programas habitacionais como o Minha Casa Minha Vida. Essa tendência reflete a busca da classe média por imóveis com preços acessíveis, entre R$ 200 mil e R$ 300 mil, diante da perda de poder aquisitivo, como destaca o CEO da B2B, Luciano Castilhos: “Com o achatamento da classe média, a busca por imóveis com valores mais acessíveis… tem sido essencial para o avanço do mercado, ajudando a intensificar o volume de vendas”.
Além disso, a intenção de compra de imóveis no país atingiu 48%, segundo Castilhos, um fator que deve alavancar ainda mais o setor. Ele observa que esse cenário está fortalecendo a confiança de compradores e investidores no mercado: “Temos visto que esses aspectos têm elevado a confiança dos compradores e investidores, o que indica que o Brasil pode estar prestes a iniciar uma nova fase de prosperidade no mercado imobiliário.” Para que esse cenário se concretize, no entanto, será essencial superar desafios econômicos, como a taxa Selic alta e a volatilidade política, além de expandir o volume de crédito disponível.
Impacto regional e adaptações
Em cidades como Porto Alegre, os lançamentos de novos imóveis aumentaram em resposta aos desafios climáticos enfrentados em 2024, incluindo enchentes que prejudicaram cerca de 10 mil imóveis e resultaram em perdas de R$ 500 milhões, segundo a Defesa Civil. Com isso, a procura por moradias em áreas mais seguras aumentou, o que aqueceu o mercado imobiliário local.
O governo do Rio Grande do Sul também aprovou recentemente o programa Porta de Entrada, que fornece um subsídio de R$ 20 mil para ajudar famílias de baixa renda a adquirir sua primeira moradia. Segundo Castilhos, essa iniciativa pode ser decisiva para impulsionar a compra de imóveis, servindo como entrada para financiamentos habitacionais.
Antes dos eventos climáticos, o estado já havia registrado um crescimento de 21% nos lançamentos imobiliários e um aumento de 16% nas vendas no primeiro trimestre de 2024 em comparação com o mesmo período do ano anterior.
Valorização do aluguel
O mercado de locação também se destaca, com o Índice FipeZap apontando um aumento de 10,90% nos preços de aluguel residencial em 2024 até setembro, superando o IPCA (3,31%) e o IGP-M (2,64%). Mesmo com uma desaceleração recente, o aluguel residencial acumulou uma valorização anual de 13,75% até setembro de 2024, com destaque para imóveis de um dormitório, que se valorizaram 15,76% nos últimos 12 meses, enquanto imóveis maiores tiveram um aumento menor (11,99%).
Em setembro de 2024, o valor médio do aluguel de apartamentos em 36 cidades brasileiras ficou em R$ 47,05 por metro quadrado, com um retorno médio de 5,96% ao ano, segundo o FipeZap.
Perspectiva para 2025
Com os programas habitacionais e o foco em imóveis econômicos, o setor imobiliário está pronto para atender à crescente demanda e se beneficiar do aumento da intenção de compra. Iniciativas estaduais e ajustes nas regiões afetadas por desastres naturais também reforçam a perspectiva de crescimento e adaptação do mercado para 2025.
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Informações retiradas de Monitor Mercantil