O mercado de imóveis de luxo, voltado para investidores milionários, destaca-se não apenas pelo alto valor dos negócios, mas também pela atuação estratégica de corretores especializados. Esses profissionais, responsáveis pela intermediação em compras, vendas e locações de propriedades exclusivas, recebem comissões que podem ser exorbitantes.
Em geral, a comissão dos corretores é de 6% sobre o valor do imóvel, com variações dependendo da localização e outros detalhes da negociação. Assim, vendas de mansões, grandes terrenos, edifícios inteiros ou ilhas exclusivas, que podem atingir valores de até R$ 2 bilhões, podem render comissões de até R$ 120 milhões.
Recentemente, negociações de destaque na cidade incluem a venda de uma mansão por R$ 220 milhões no Jardim Pernambuco, no Leblon, e a venda do Edifício Serrador no Centro do Rio. Ambas as transações foram realizadas por membros do grupo Sergio Castro Imóveis, com a mansão sendo intermediada pelo corretor de alto padrão Paulo Cézar Ximenes e o edifício por Cláudio André de Castro, um dos sócios da centenária imobiliária.
Frédéric Cockenpot, proprietário de uma imobiliária em Ipanema, informou ao portal de notícias “g1” que, em sua empresa, os ganhos são divididos entre os corretores que captam os imóveis, os que atendem os clientes compradores e os profissionais que cuidam da parte burocrática, envolvendo a organização de documentos e transações.
Apesar das comissões atrativas, a atividade não é simples. Os altos valores tornam as negociações mais lentas, frequentemente se estendendo por meses. Além disso, tanto compradores quanto proprietários valorizam a discrição, o que pode dificultar a divulgação dos imóveis em muitos casos.
Para atuar como corretor imobiliário, é necessário ter formação em Técnico em Transações Imobiliárias, Ciências Imobiliárias ou Gestão de Negócios Imobiliários, registrar o estágio no Conselho Regional de Corretores de Imóveis (CRECI) e obter inscrição definitiva no CRECI do respectivo estado. No entanto, para ingressar no segmento de alto padrão, são exigidas habilidades adicionais. “Persistência, persuasão e uma rede de contatos são essenciais, dada a complexidade das transações e a importância da segurança e da divulgação dos imóveis”, ressalta Paulo César Ximenes.
Saber como e onde anunciar cada tipo de propriedade também é crucial, pois os públicos são distintos. “Alguns imóveis vendem-se melhor em redes sociais, outros por meio de recomendações pessoais, e uma matéria espontânea em um jornal pode impulsionar a venda de outro tipo de imóvel. É preciso ter um bom networking, pois anunciar esse tipo de propriedade em plataformas como o Zap é um desperdício de dinheiro”, conclui Castro.
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Informações retiradas de Larissa Ventura ao Diário do Rio