O mercado imobiliário de São Paulo apresentou um leve aumento nos preços nos últimos quatro trimestres, de acordo com o UBS Wealth Management. No entanto, a cidade continua com preços muito mais equilibrados em comparação com o auge que já atingiu no passado.
A capital paulista foi incluída no UBS Global Real Estate Bubble Index 2024, um índice que avalia o risco de bolha imobiliária em 25 grandes cidades ao redor do mundo. São Paulo se destacou por ter o mercado com os preços mais justos, recebendo uma pontuação de 0,04, o que a coloca na última posição do ranking.
A metrópole com o mercado mais caro
Entre as cidades analisadas, Miami aparece no topo como a mais cara, com uma nota de 1,79, indicando alto risco de bolha imobiliária. A cidade teve um aumento de quase 50% nos preços de imóveis desde 2019, sendo 7% somente nos últimos quatro trimestres. Esse crescimento foi impulsionado pela expansão do mercado de luxo, conforme aponta o relatório do UBS.
Junto a Miami, Tóquio (nota 1,67) e Zurique (nota 1,51) também estão entre as cidades com maior risco de bolha imobiliária.
Dubai e o aumento dos preços
Dubai foi outra cidade que registrou um aumento significativo nos preços. A cidade, que tinha uma pontuação de 0,14 em 2023, viu esse índice saltar para 0,64 em 2024. Segundo o UBS, os preços dos imóveis em Dubai cresceram quase 17% nos últimos quatro trimestres, e a expectativa é de uma correção moderada no futuro próximo.
Mercado imobiliário em São Paulo e o cenário econômico
Embora os preços dos imóveis em São Paulo tenham aumentado cerca de 2% no último ano, eles ainda estão 20% abaixo do pico alcançado em 2014. A alta taxa de juros no Brasil faz com que o aluguel seja financeiramente mais atraente do que a compra de um imóvel, o que resultou em um aumento de quase 10% nos preços dos aluguéis nos últimos 12 meses.
A demanda por imóveis em boas localizações ainda é alta, impulsionada pelo crescimento econômico da cidade, mas a perspectiva de novas elevações na taxa Selic limita o potencial de valorização dos imóveis no curto prazo.
Perspectivas globais para o mercado imobiliário
Enquanto o Brasil ainda enfrenta um cenário de alta de juros, muitos países devem começar a reduzir suas taxas em breve, o que pode impulsionar o mercado imobiliário globalmente. A queda nas taxas de juros torna a compra de imóveis mais vantajosa em relação ao aluguel, o que pode aquecer o setor imobiliário em diversos mercados internacionais, conforme aponta o UBS.
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Informações retiradas de Seu Dinheiro