A oferta de imóveis para aluguel de curto prazo no Airbnb em Nova York sofreu uma queda significativa de 83% no último ano, reduzindo o número de anúncios para apenas 3.700, de acordo com um relatório de agosto da empresa de análise de dados AirDNA. Essa mudança coloca milhões de dólares em receita em risco para o Airbnb, que em 2022 gerou US$ 85 milhões em Nova York, conforme dados apresentados em processos judiciais.
A queda acentuada é resultado direto da implementação da Lei Local 18, uma regulamentação rigorosa que entrou em vigor quase um ano atrás. A lei exige que os anfitriões obtenham uma licença para aluguéis de curto prazo (menos de 30 dias) e que seus imóveis estejam em conformidade com os códigos de ocupação e construção da cidade.
Em resposta à situação, o Airbnb fez um apelo às autoridades de Nova York para relaxar as restrições, argumentando que a regulamentação não atingiu seu objetivo de combater a crise imobiliária. De acordo com a empresa, os preços dos aluguéis na cidade continuam a subir, enquanto os viajantes enfrentam menos opções de acomodação e preços de hotéis historicamente altos.
“Ao reverter partes da lei, a cidade pode aumentar a oferta de acomodações para consumidores, apoiar anfitriões residentes e revitalizar empresas locais que dependem dos dólares do turismo“, afirmou Theo Yedinsky, vice-presidente de Políticas Públicas do Airbnb.
O Airbnb já havia tentado bloquear as novas regras por meio de processos judiciais no ano passado, mas a tentativa foi rejeitada por um juiz. Mesmo com os esforços da empresa, a prefeitura de Nova York ainda não indicou que fará mudanças na legislação. Até agora, 99,7% das 6.672 solicitações de licenças foram processadas, com aproximadamente 38% sendo aprovadas, a mesma porcentagem negada e o restante devolvido para correções.
Christian Klossner, diretor executivo do Gabinete de Fiscalização Especial do Prefeito, elogiou a regulamentação por ajudar a cidade a reforçar leis de moradia que vinham sendo violadas, proporcionando maior controle sobre o mercado imobiliário local.
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Informações retiradas de O Globo