As vendas de imóveis no Rio de Janeiro registraram um aumento de 12% no primeiro trimestre de 2024 em comparação com o mesmo período do ano anterior. Os dados foram apresentados pela Associação de Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário do Rio de Janeiro (Ademi-RJ) durante uma reunião do Fórum Setorial da Construção Civil da Firjan.
Cenário de Mercado e Necessidade de Novos Imóveis
Marcus Saceanu, vice-presidente do Fórum e presidente da Ademi-RJ, destacou a forte demanda por imóveis no mercado carioca e fluminense, contrastando com o baixo estoque disponível. Atualmente, há 11 mil unidades em estoque, enquanto a média anual de vendas é de 20 mil imóveis, evidenciando a necessidade de novos lançamentos.
Intenção de Compra em Alta
Uma pesquisa apresentada por Marcelo Gonçalves, sócio-consultor da Brain – Inteligência Estratégica, reforça essa tendência, indicando que 48% dos entrevistados em junho manifestaram intenção de comprar um imóvel. Entre esses, 33% ainda não iniciaram a busca, 10% estão procurando na internet, e 5% já estão visitando stands de vendas. Gonçalves ressaltou que a disponibilidade de imóveis na capital fluminense está em 18,8%, abaixo do intervalo considerado razoável, que é de 20% a 25%.
Impacto no PIB da Construção Civil
Cláudio Martins, superintendente executivo de Habitação na Caixa Econômica Federal, destacou a contribuição do mercado imobiliário para o crescimento do PIB da construção civil, que teve a projeção elevada pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção (Cbic) para 3% em 2024. Ele também apontou a área central da cidade e a Região Portuária, impulsionadas pelo Programa “Reviver Centro”, como importantes vetores de crescimento devido ao aumento dos lançamentos imobiliários.
Desafios e Perspectivas
Apesar do cenário positivo, Martins enfatizou a importância de enfrentar a questão da segurança pública para fomentar ainda mais o crescimento do mercado imobiliário. Ele mencionou o exemplo de Medelín, na Colômbia, que conseguiu reduzir drasticamente os índices de violência, sugerindo que o Rio de Janeiro poderia seguir um caminho semelhante.
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Informações retiradas de Diário do Porto
