O setor imobiliário brasileiro ganhou na última quarta, dia 24, um novo índice de monitoramento de novos empreendimentos imobiliários. O Grupo OLX, por meio de sua fonte de inteligência DataZAP, desenvolveu o Índice de Lançamentos Imobiliários (ILI), índice que oferece uma visão abrangente e atualizada sobre o mercado primário no Brasil, contemplando 11 regiões estratégicas – Região Metropolitana de São Paulo (RMSP, excluindo a Capital), São Paulo (SP), Campinas (SP), Rio de Janeiro (RJ), Belo Horizonte (MG), Goiânia (GO), Curitiba (PR), Florianópolis (SC), Porto Alegre (RS), Recife (PE) e Fortaleza (CE).
O ILI monitora empreendimentos desde sua concepção até a entrega das chaves, proporcionando análises contínuas dos preços praticados no segmento imobiliário. Os lançamentos são avaliados a partir de uma série histórica que engloba momentos-chave que impactaram diretamente o mercado, como a crise do sub-prime de 2008, a crise político-econômica brasileira em 2014 e a pandemia de Covid-19. O preço analisado é a média ponderada do resultado da divisão do VGL (Valor Geral Lançado) pela área construída dos projetos monitorados e traz cenários trimestrais e dos últimos 12 meses a cada novo índice.
Com metodologia robusta e dados abrangentes, o índice se destaca como uma ferramenta essencial para construtoras, incorporadoras, investidores, analistas do mercado imobiliário e consumidores. “Desenvolvemos o ILI para ajudar os profissionais do mercado a compreenderem as valorizações regionais, além dos tradicionais índices de custos e insumos do setor. Do ponto de vista do consumidor, nosso foco é empoderá-lo com uma análise direta e concisa que contribua para avaliar seu imóvel após a aquisição no lançamento”, destaca Coriolano Lacerda, Gerente de Inteligência Imobiliária do Grupo OLX.
Florianópolis apresenta preços mais altos, impulsionados pelo segmento de luxo
No segundo trimestre de 2024, o ILI revelou um avanço significativo nos preços dos lançamentos imobiliários em comparação com o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC). Considerando as regiões monitoradas, os preços dos lançamentos avançaram 1,78%, superando o crescimento do INCC, que foi de 1,57% no segundo trimestre do ano em relação ao primeiro. É importante ressaltar que cidades como São Paulo, Curitiba, Belo Horizonte e Fortaleza não apresentaram valorização superior ao INCC; as duas últimas até apresentaram redução nos preços médios devido à maior oferta de imóveis econômicos.
No que diz respeito ao preço mediano por metro quadrado, o valor registrado no trimestre foi de R$10.865. Florianópolis se destacou com o maior preço do metro quadrado, alcançando R$18.369, focando principalmente no segmento de luxo. O crescimento acelerado da capital catarinense é impulsionado pelo desenvolvimento turístico, expansão do polo tecnológico e investimentos em infraestrutura, como a ampliação do aeroporto e a duplicação de rodovias. Por outro lado, a Região Metropolitana de São Paulo apresentou o menor valor, de R$8.142 por metro quadrado, refletindo variações econômicas regionais e dinâmicas específicas do mercado imobiliário.
No comparativo anual, os preços dos lançamentos imobiliários apresentaram uma valorização de 4,83%, superando novamente o INCC que registrou 3,93% de aumento. Em contrapartida, em São Paulo e Recife houve uma leve desvalorização dos preços médios, apresentando -1,00% e -1,60%, respectivamente. Já Belo Horizonte e Fortaleza, a queda foi mais acentuada: -6,59% e -10,80%, respectivamente, atribuída ao crescimento do segmento econômico, que possuí menores custos.
O índice analisa três diferentes categorias de imóveis: Econômico, Médio-Alto Padrão e Luxo. No segmento Econômico, Fortaleza registrou a maior valorização, com um aumento de 17,10%, enquanto Recife apresentou a menor valorização, com -15,88%. No segmento de Médio-Alto Padrão, Campinas destacou-se com um crescimento de 27,52%, já Florianópolis teve uma desvalorização de -22,02%. Goiânia teve um aumento significativo de 19,02%, no mercado de luxo, enquanto Fortaleza registrou uma desvalorização de -18,53%.
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Informações cedidas por Grupo OLX