Empréstimos do FGTS, impulsionados pelo programa Minha Casa, Minha Vida, cresceram 75% no primeiro semestre, diz Abecip
Apesar dos juros altos, os financiamentos imobiliários aumentaram 30% no primeiro semestre de 2024 em comparação ao mesmo período de 2023, caminhando para um recorde histórico em 2024, segundo a Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip). No primeiro semestre, o crédito imobiliário totalizou R$149,4 bilhões, conforme dados na quarta-feira, 24.
O crescimento foi principalmente impulsionado pelos empréstimos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), focados na aquisição de imóveis do programa de moradia popular Minha Casa, Minha Vida (MCMV). Esse segmento aumentou 75%, alcançando R$67,2 bilhões no semestre, após crescer 59% e somar R$98 bilhões em 2023.
Os financiamentos para a compra de imóveis pelo Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE), onde os bancos utilizam recursos da poupança para emprestar, cresceram 7%, totalizando R$82,1 bilhões no primeiro semestre, revertendo a queda de 15% do ano passado.
Houve também um descolamento na natureza dos imóveis comprados: enquanto os empréstimos para imóveis usados aumentaram 15,8% no primeiro semestre, para R$42,1 bilhões, os financiamentos para imóveis novos caíram 16,3%, para R$20,2 bilhões. Ambos os segmentos haviam tido uma queda de 16% no ano passado.
“O desempenho está melhor do que esperávamos e mostra que o mercado está tendo transações imobiliárias, ou seja, a compra e venda de imóveis”, diz Sandro Gamba, presidente da Abecip e diretor de negócios imobiliários do Santander.
Gamba informou que a projeção inicial era de estabilidade em 2024 comparado a 2023, mas, com os dados do primeiro semestre acima do esperado, a expectativa foi revista para uma alta de 7,8% até o fim do ano. “Devemos chegar a R$270 bilhões, o que será o maior volume de financiamento imobiliário da história”, afirmou.
Em 2023, o crédito imobiliário movimentou R$250 bilhões no país. O recorde atual é de 2021, com financiamentos somando R$255 bilhões.
Informações retiradas de Juliana Elias à Veja.
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