Brasileiros estão entre os 10 principais investidores em residências no país, segundo associação, mas o volume de negócios tem caído com a valorização da moeda americana.
As vendas de imóveis nos Estados Unidos para compradores estrangeiros atingiram o menor volume já registrado, devido à valorização do dólar e à menor oferta de propriedades, o que reduz o interesse dos investidores. Cidadãos não americanos adquiriram 54.300 residências usadas no país nos 12 meses até março, uma queda de 36% em comparação ao mesmo período do ano anterior, conforme a National Association of Realtors. Este número é o menor desde que a associação começou a registrar as compras de imóveis por estrangeiros em 2009.
O investimento estrangeiro em casas existentes nos Estados Unidos caiu para o nível mais baixo em 15 anos, com uma queda de 21% para US$ 42 bilhões. Os investidores internacionais têm sido afetados pelo dólar forte, que diminui o poder de compra e limita as opções em um mercado imobiliário competitivo. Diante da perspectiva de obter menos valor por seu capital, muitos investidores estrangeiros optam por não entrar no mercado.
Proprietários de imóveis, que obtiveram hipotecas baratas durante os baixos juros da pandemia, preferem manter suas propriedades em vez de colocá-las à venda. Isso reduz a oferta no mercado e eleva os preços das propriedades disponíveis. “O dólar forte torna as viagens internacionais mais baratas para os americanos, mas torna as casas nos Estados Unidos muito mais caras para os estrangeiros”, disse Lawrence Yun, economista-chefe da associação. “Não é surpreendente ver um recuo.”
Os compradores internacionais pagaram uma mediana de US$ 475.000 por casas nos EUA adquiridas nos 12 meses até março, um recorde nos dados da associação. Os canadenses lideraram as compras estrangeiras de casas nos Estados Unidos com 13% das transações, seguidos por mexicanos e chineses com 11% cada, e os indianos com 10%. Os brasileiros representam 4% das vendas, mesmo percentual de Colômbia, Reino Unido e Alemanha.
A Flórida foi o principal destino, representando 20% das compras de casas por estrangeiros. O Texas ficou em segundo lugar, com 13% dos negócios, seguido pela Califórnia com 11%. Enquanto os compradores domésticos são desencorajados a fechar negócios devido às altas taxas de juros das hipotecas, os consumidores estrangeiros mostram-se mais dispostos a comprar sem financiamento. Metade de todas as compras internacionais foi feita totalmente à vista, conforme a associação, quase o dobro da taxa considerando todos os compradores de casas existentes.
Informações retiradas de Bloomberg Linea.
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