Durante a última sexta-feira (7), em Curitiba (PR), o Conselho de Administração da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) discutiu os conceitos de ‘cidades-esponjas’ e parques alagáveis. O secretário do Governo Municipal de Curitiba, Luiz Fernando Jamur, apresentou informações sobre a importância de um esforço conjunto público e privado para aumentar os investimentos nas cidades, estados e no país.
Jamur ressaltou que a participação da sociedade é fundamental para o avanço da cidade rumo à sustentabilidade, comparando-a a um grande condomínio. Entre as medidas consideradas para transformar Curitiba em uma cidade-esponja estão a criação de áreas verdes para absorção de água, a reconstrução das margens dos rios com a remoção de concreto e o estabelecimento de mata ciliar, a implementação de jardins de chuva e a adoção de telhados verdes.
Entre as medidas que são consideradas para ter uma cidade-esponja estão:
- Criação de áreas verdes de escape para água como áreas úmidas e parques alagáveis;
- Reconstrução da margem dos rios com retirada de concreto e a implementação de mata ciliar;
- Implementação de jardins de chuva;
- Criação dos chamados telhados verdes, que reduzem a taxa de escoamento da chuva no solo em 20 minutos; entre outros.
O compromisso de Curitiba com a neutralidade das emissões de gases de efeito estufa até 2050 e sua busca por maior resiliência também foram destacados. Carlos Cade, presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado do Paraná (Sinduscon-PR), enfatizou a importância de um programa de estado, não apenas de governo, para alcançar esses objetivos.
Renato Correia, presidente da CBIC, ressaltou o papel essencial da engenharia nesse processo e enfatizou a necessidade de união de todos para enfrentar os desafios climáticos. Desde 1966, Curitiba tem trabalhado no planejamento para prevenir inundações e promover a sustentabilidade, seguindo as diretrizes do Plano Diretor.
Além disso, o profissional de relações institucionais da desenvolvedora de softwares Projuris da Softplan, Jefferson Agrella, apresentou um panorama detalhado do Poder Judiciário brasileiro durante a reunião. Agrella destacou a complexidade e o volume do sistema judiciário, que enfrenta uma demanda crescente e constante, com mais de 82 milhões de processos em tramitação.
O custo do poder judiciário no Brasil, três vezes maior que a média dos países emergentes, foi ressaltado por Agrella, sendo particularmente impactante para a indústria da construção, o quinto segmento mais demandado do país.
Por fim, também foi discutida a antecipação do 99º Encontro Nacional da Indústria da Construção (ENIC) para 26 de novembro, com o objetivo de aumentar o engajamento das entidades no evento. Renato Correia reforçou a importância do evento e dos esforços para enfrentar demandas como vícios construtivos, destacando a campanha “Tudo é engenharia” promovida pela entidade.
Essas discussões estão alinhadas com o Projeto “Estratégias para Inovação e Desenvolvimento na Indústria da Construção e no Mercado Imobiliário” da CBIC, em parceria com o Serviço Social da Indústria (Sesi Nacional) e o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai Nacional).
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Informações retiradas de CBIC