A ausência de uma sede própria para a Prefeitura de Florianópolis não apenas afeta aspectos históricos e culturais, mas também tem impactos financeiros significativos. Sem possuir um imóvel próprio, o município é obrigado a desembolsar valores consideráveis em aluguéis, em uma das capitais com o metro quadrado mais caro do país.
A Prefeitura de Florianópolis opera em dez locais diferentes espalhados pelos bairros Centro, Estreito, Trindade e Jardim Atlântico. Esses espaços, todos sob contratos de locação, abrigam as 22 estruturas governamentais municipais, incluindo os gabinetes do prefeito e vice-prefeito, além da controladoria, procuradoria geral e 18 secretarias.
O último levantamento publicado se deu em fevereiro de 2018, ainda na gestão Gean Loureiro, que informou gasto de R$ 500 mil por mês, mais de R$ 6 milhões por ano.Para identificar os valores atuais, o NDI mapeou os endereços e buscou os contratos de locação no Portal da Transparência do Município.
De acordo com um levantamento realizado pelo NDI (Núcleo de Dados e Investigação) do Grupo ND, foi constatado que o aluguel de um único prédio atinge a marca significativa de R$ 187 mil por mês. Este prédio em particular está localizado no número 77 da avenida Osmar Cunha e é responsável por abrigar as secretarias de Habitação e Desenvolvimento Urbano, Limpeza e Manutenção Urbana, Planejamento e Inteligência Urbana, além de Transportes e Infraestrutura. A locação de diversos outros prédios contribui para um custo total anual que não é divulgado pela Prefeitura de Florianópolis, mas que certamente soma milhões de reais.
Dos dez endereços analisados, apenas seis contratos foram encontrados, com apenas dois deles ainda em vigor. O restante foi prorrogado por meio de aditivos, cujos detalhes não estão disponíveis ao público.
Em uma tentativa de encontrar alternativas, o prefeito Topázio Neto anunciou um acordo de cooperação técnica para identificar prédios desocupados da União no centro da cidade que possam ser cedidos à prefeitura. Edifícios como os antigos prédios dos Correios e da SPU estão entre as possibilidades mencionadas.
O objetivo é estabelecer uma sede definitiva para o governo municipal sem custo de aluguel, concentrando os serviços e secretarias municipais em um único espaço para maior conveniência dos cidadãos e economia de recursos.
Enquanto a ideia de uma parceria público-privada (PPP) para construir uma nova sede é considerada, o foco principal é utilizar recursos para áreas prioritárias como saúde e educação, caso essa alternativa se concretize.
Embora a prefeitura tenha identificado dez endereços para suas sedes e secretarias, apenas seis contratos foram localizados, com apenas dois ainda em vigor. A extensão dos contratos pode ter ocorrido por meio de aditivos não disponíveis para acesso público, tornando difícil determinar o atual montante gasto com aluguéis.
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Informações retiradas de Jullia Gouevia, Vanessa da Rocha, Iago carvalho e Lorenzo Dornelles à ND+