As empresas estão investindo pesado em serviços de nuvem, seja em plataformas próprias ou de terceiros, para buscar eficiência e segurança em seus negócios.
A Amazon Web Services (AWS) acaba de fechar um acordo de cerca de US$ 650 milhões com a Talen Energy, empresa americana, para adquirir um campus de data center abastecido por uma usina nuclear.
A Tivit, por sua vez, anunciou que vai investir R$ 300 milhões em sua nuvem privada em 2024. O foco será em melhorias na infraestrutura dos data centers, desenvolvimento de software e contratação de profissionais qualificados.
Outra novidade veio do Magazine Luiza, que surpreendeu o mercado ao lançar a Magalu Cloud, a primeira nuvem pública brasileira. O destaque desse serviço é oferecer soberania nacional aos clientes.
O crescimento dos serviços em nuvem é impressionante, impulsionado pelo avanço na capacidade de processamento de dados e pelas melhorias nas telecomunicações, como a chegada do 5G. Soluções que antes eram imaginadas apenas em filmes de ficção científica agora estão se tornando realidade.
Tecnologias como Machine Learning, Inteligência Artificial, Blockchain, Smart Cities & Grid e jogos eletrônicos estão abrindo caminho para uma nova era: a era dos dados.
O que experimentamos diariamente em nossos celulares é resultado de dados processados, armazenados e distribuídos a partir de data centers. A expectativa é que, até 2030, a quantidade de dados existentes no mundo ultrapasse 600 trilhões de gigabytes.
Para lidar com números tão impressionantes, é necessário uma infraestrutura robusta. Estudos da Arizton Research apontam que os investimentos em data centers no Brasil podem chegar a US$ 3,5 bilhões por ano até 2030, o que tem impulsionado uma corrida no mercado imobiliário para encontrar espaços adequados para esses centros de dados.
Os data centers exigem características específicas, como alta disponibilidade de energia, mecanismos redundantes para evitar interrupções e, é claro, segurança, velocidade e conectividade indispensáveis.
As chamadas “big techs” — Amazon, Google e Microsoft — lideram a demanda, mas não estão sozinhas. Desde sistemas logísticos em restaurantes até complexos de automação em montadoras de veículos, praticamente qualquer aplicação depende de serviços de data center.
Os principais players do mercado estão agindo rapidamente para atender a essa demanda que, por muitos anos, foi subestimada e se tornou crítica após a pandemia. Empresas como Scala, Odata, Equinix e Ascenty, que já estão bem estabelecidas no Brasil, continuam investindo para acompanhar o ritmo de crescimento do setor. Novos participantes estão entrando e intensificando a competição.
Essa corrida tem gerado grandes oportunidades no mercado imobiliário, que busca espaços preparados para abrigar data centers com características tão específicas. Quem possui os melhores ativos? Onde estão localizados os principais data centers do Brasil? E quais empresas estão realmente preparadas para administrar esses espaços? As respostas a essas perguntas revelam as principais oportunidades no mercado de data centers, que movimenta cifras bilionárias.
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Informações retiradas de Marcelo Hannud à InfoMoney