No mês de março, Curitiba se destacou como a capital brasileira com o maior aumento nos preços de vendas de imóveis residenciais, registrando um aumento de 1,99%, de acordo com o Índice FipeZap. Essa aceleração foi seguida por Recife, com um avanço de 1,31%, e Salvador, com alta de 1,26%. O economista Pedro Tenório, do DataZAP, observa que Curitiba experimentou dois meses consecutivos de crescimento acentuado, embora ressalte que esse período pode ser insuficiente para prever tendências futuras com segurança.
“Contudo, Curitiba é um caso particular em função de ter estado entre as capitais com maior valorização entre 2021 e 2022, mas tendo desacelerado em 2023. Diante deste cenário, o que podemos dizer é que há indicação de crescimento de preços nos próximos meses em Curitiba, mas não necessariamente no ritmo mensal dos últimos 2 meses (acima de 1,5% mensalmente)”, avaliou.
O Índice FipeZap registrou um avanço de 0,64% em seus preços, marcando a quarta aceleração consecutiva. Apesar disso, a alta ficou abaixo dos principais índices de inflação do mercado imobiliário, com o IGPM/FGV indicando uma deflação de 0,47% no mês e o IPCA-15 prévio avançando apenas 0,36%.
Entre as 50 cidades analisadas, apenas Guarujá (SP) registrou queda nos preços, com uma leve redução de 0,06%. O FipeZAP atribui a aceleração na maioria das cidades brasileiras a dois motivos principais: o consistente aumento da renda domiciliar desde meados de 2022 e o acesso mais fácil ao crédito.
“Houve melhora no cenário de crédito imobiliário ao longo do último semestre de 2023, com destaque para a concessão de crédito imobiliário via Minha Casa Minha Vida. No entanto, ainda não vemos o fechamento do FipeZAP Venda Residencial de 2024 muito acima de 2023”, conclui Tenório.
Qual é a cidade mais cara do Brasil?
Pelo 24º mês consecutivo, Balneário Camboriú, localizada no litoral catarinense, lidera como a cidade brasileira com o metro quadrado mais caro do país. De acordo com dados de março, o preço médio de venda de imóveis residenciais na cidade atingiu a marca de R$12,9 mil por metro quadrado.
Não apenas Balneário Camboriú mantém sua posição privilegiada, mas também outro município catarinense, Itapema, se destaca, ocupando o segundo lugar com o metro quadrado custando R$12,76 mil.
Quais imóveis são os mais buscados?
No mercado imobiliário, os imóveis de um dormitório estão em alta, destacando-se como líderes em valorização. Segundo um levantamento recente, eles estão sendo negociados a R$10,43 mil o metro quadrado, um aumento de 31% em relação aos apartamentos de dois dormitórios, que têm um valor médio de R$7,95 mil o metro quadrado.
Os imóveis de três dormitórios apresentam um preço médio de R$8,55 mil por metro quadrado, enquanto os de quatro ou mais dormitórios têm um preço médio de R$10,15 mil o metro quadrado.
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Informações retiradas de Beatriz Quesada à Exame