Na busca pelo sonho da casa própria, muitas famílias debatem entre adquirir um imóvel na planta ou um usado. Segundo Marcelo Moura, presidente do Creci-RJ, a decisão deve considerar o tempo disponível para a entrega das chaves. Ambas as opções possuem vantagens e desvantagens, adequando-se a diferentes perfis de compradores.
— Se há a necessidade de moradia urgente, o melhor é optar por um usado. Mas, se a família puder esperar, o imóvel na planta é a melhor opção, porque a pessoa vai conseguir comprar um bem novo e mais barato — explica o especialista.
Moura observa que outra vantagem dos imóveis ainda em construção é a valorização quando o empreendimento fica pronto.
— A desvantagem, porém, é a demora da construção, que em média leva uns dois anos — afirma.
No caso dos usados, a principal vantagem, além da disponibilidade imediata do bem, é um número maior de ofertas no mercado. O ponto negativo fica com o fato de a casa ou o apartamento não ser de primeira locação.
Diagnóstico
Antes de tomar qualquer decisão na compra de um imóvel, é crucial adotar medidas para facilitar a escolha. Uma boa vistoria em imóveis já prontos é essencial para evitar surpresas desagradáveis no futuro. Isso envolve um diagnóstico detalhado dos revestimentos, da parte elétrica e hidráulica, além da observação das áreas comuns do prédio ou condomínio.
Se o imóvel precisar de reformas, há espaço para negociar o preço. O mesmo se aplica aos imóveis com débitos, como IPTU e condomínio, mas que estão disponíveis para venda. Tais situações representam oportunidades para obter descontos significativos, que podem chegar a até 30% ou 35%, conforme estimado pelo presidente do Creci-RJ.
Olho na documentação
No processo de compra de um imóvel, a análise minuciosa da documentação é crucial. O professor de Direito Civil do Ibmec-RJ, João Quinelato, ressalta a importância de verificar a Certidão de Ônus Reais, que apresenta o histórico completo do imóvel, incluindo informações sobre proprietários anteriores e possíveis ônus como arrestos ou penhoras. É essencial confirmar se o vendedor é de fato o proprietário registrado.
Além disso, é necessário verificar se há processos de inventário em andamento ou se há autorização judicial para a venda, especialmente se envolver herdeiros. Quinelato enfatiza a importância de compreender os riscos envolvidos para o vendedor, como dívidas, a fim de evitar problemas legais futuros para o comprador.
No caso dos imóveis na planta, ele lembra que a análise é da reputação da empresa.
— Tem que ficar atento, no momento da compra, se há um portfólio positivo e qual o histórico de problemas levados pelos consumidores à Justiça — ensina.
Quer continuar atualizado sobre o mercado imobiliário? Então se inscreva na nossa Newsletter. Todas as terças e sextas, às 7:15, nós enviamos no seu e-mail as principais notícias do mercado Imobiliário. Vejo você lá!
Informações retiradas de Leticia Lopes à Extra