O principal fundo imobiliário global do Credit Suisse enfrentou perdas significativas no ano passado, com seus investidores registrando um declínio de dois dígitos em seus retornos.
O Credit Suisse Real Estate Fund International teve uma perda de 22% em seus investimentos em 2023, atribuída à crise no mercado imobiliário em países desenvolvidos. O comunicado divulgado pelo banco explicou que o fundo não conseguiu evitar os desafios enfrentados pelos mercados imobiliários globais. O valor de mercado das propriedades no portfólio do fundo sofreu uma queda de 31%, chegando a 2,52 bilhões de francos suíços (US$2,83 bilhões), devido a desvalorizações e vendas. O Credit Suisse foi adquirido pelo UBS no ano anterior.
A recente queda nos mercados de escritórios nos Estados Unidos e na Europa tem sido atribuída ao aumento das taxas de juros e às transformações nos padrões de trabalho e consumo. O encarecimento do financiamento resultou em escassez de liquidez para alguns investidores, levando-os a vender ativos com grandes descontos.
Essa crise afetou principalmente os desenvolvedores imobiliários nos mercados mais ricos e os bancos com exposições significativas ao setor imobiliário comercial. Como medida de precaução contra a inadimplência de crédito, os bancos têm reservado mais capital, exacerbando a situação. Além disso, produtos de gestão de ativos que investem nessa classe de ativos também foram impactados.
O fundo do Credit Suisse anunciou que reduziu sua carteira imobiliária em sete propriedades, totalizando 47 propriedades em 2023. A empresa afirmou que vendeu apenas propriedades que não se alinhavam mais com o núcleo da sua carteira imobiliária devido a perspectivas futuras de risco e retorno.
O valor líquido do ativo por unidade diminuiu para 727,16 francos suíços (aproximadamente US$816,2) em 31 de dezembro, em comparação com 961,39 francos suíços no ano anterior. Essa redução no valor líquido do ativo por unidade pode ser atribuída às mudanças na composição da carteira imobiliária, bem como a fatores econômicos e de mercado que afetaram o valor dos ativos imobiliários durante esse período.
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Informações retiradas de Paula Doenecke e Myriam Balezou & Jack Sidders à Bloomberg
