O avanço do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) desacelerou em março, registrando um aumento de 0,36%, em comparação com a alta de 0,78% observada em fevereiro. Embora a perda de força do impacto sazonal da educação tenha contribuído para essa desaceleração, o índice ainda ficou acima das expectativas, influenciado pelos preços de alimentos e bebidas. Esses dados foram divulgados em uma pesquisa da Reuters, que previa um avanço de 0,32% para o IPCA-15 em março.
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou dados nesta terça-feira indicando uma desaceleração na inflação, com a taxa acumulada em 12 meses caindo para 4,14% em março, comparado a 4,49% em fevereiro, e abaixo da expectativa de 4,10%. Este movimento vem em meio a uma meta de inflação para 2024 estabelecida em 3,0%, com uma margem de 1,5 ponto percentual para mais ou menos, medida pelo IPCA.
Destacou-se no mês de março uma desaceleração nos custos da Educação, que registraram um avanço de apenas 0,14%, após um aumento de 5,07% em fevereiro. Esse fenômeno é atribuído aos reajustes tradicionais que ocorrem no início do ano letivo.
Parece que o Banco Central do Brasil está adotando uma abordagem cautelosa em relação à política monetária, considerando o contexto atual da economia. Reduzir a taxa Selic em 0,50 ponto percentual demonstra um esforço contínuo para estimular o crescimento econômico, mas a mudança na indicação sobre futuros cortes sugere que o BC está monitorando de perto os desenvolvimentos econômicos, especialmente em relação aos preços dos serviços e possíveis pressões salariais.
A preocupação com a inflação, particularmente com a possibilidade de pressões salariais afetarem os preços, é compreensível, especialmente em um ambiente de mercado de trabalho aquecido. A incerteza tanto no cenário doméstico quanto externo adiciona uma camada adicional de complexidade à tomada de decisão do Banco Central.
As projeções do mercado, conforme refletidas na pesquisa Focus, sugerem uma expectativa de inflação dentro da meta para este ano, com uma Selic mais baixa em comparação com a taxa atual. Isso indica uma confiança geral de que a política monetária atual poderá manter a inflação sob controle, enquanto ainda permite condições favoráveis para o crescimento econômico.
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Informações retiradas de Forbes