O investimento em Fundos Imobiliários (FIIs) tem despertado crescente interesse no mercado, especialmente desde os cortes na Selic, a taxa básica de juros, ocorridos no último ano. Este fenômeno tem sido impulsionado pelo aumento do fluxo de compradores, contribuindo para a valorização das cotas dos FIIs.
No entanto, apesar dos atrativos dividendos oferecidos, é crucial uma análise cautelosa para detectar possíveis problemas como inadimplência, alavancagem excessiva e conflitos relacionados à aquisição de imóveis. O alto rendimento de dividendos, conhecido como dividend yield, pode ser atraente, mas não deve obscurecer os riscos subjacentes que precisam ser avaliados de forma diligente pelos investidores.
Nesses casos, no lugar de oportunidade, o desconto sinalizaria uma alerta diante de furadas ou pegadinhas do mercado. Vale ressaltar a importância de estudar sobre esse mercado antes de investir, já que oferece riscos altos.
Como a Selic influencia os FIIs?
Na quarta-feira (20) , o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) optou por reduzir a taxa básica de juros de 11,25% para 10,75% ao ano. Essa é a sexta redução consecutiva, marcando um ciclo iniciado em agosto de 2023, e representa a menor taxa desde março de 2022. Prevê-se que os juros cheguem a 9% ao ano até o final de 2024.
Diante dessa tendência de queda, investidores estão migrando da renda fixa em busca de maiores retornos. Uma opção atraente são os Fundos de Investimento Imobiliário (FIIs), onde encontram potencial para rendimentos mais elevados em curtos períodos.
Opinião do colunista – Davi Mota
Sexta redução consecutiva da SELIC! Copom reduz a taxa básica de juros da economia de 11,25% para 10,75% ao ano.
A queda da SELIC é uma notícia relevante, pois influencia diretamente diversos aspectos da economia. A SELIC é a taxa básica de juros do Brasil e serve como referência para todas as outras taxas de juros praticadas no país. Portanto, quando a SELIC cai, isso acaba impactando outras taxas de juros, como as dos empréstimos, financiamentos e investimentos.
A redução da SELIC tem como objetivo estimular a economia, incentivando o consumo e o investimento. Sendo que, para os investimentos de forma geral, acaba se tornando mais atrativo quando ficar abaixo de 10%.
Quando falamos de Fundos Imobiliários (FIIs) já se pode ter impacto imediato, principalmente FIIs de shopping onde se leva em consideração os aluguéis cobrados e a receita flutuante como de estacionamentos e áreas de lazer, além da redução de lojas vazias.
FIIs de logística também podem ter impacto positivo em prazo menor devido ao aquecimento de vendas tanto de lojas físicas quanto do e-commerce gerando busca por galpões.
Fiquem atentos! A expectativa do mercado é que o Banco Central reduza ainda mais a taxa nos próximos meses, com a Selic encerrando o ano entre 9% e 9,5%.
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Informações retiradas de Camila Lutfi à E-Investidor e Davi Mota ao Papo Imobiliário.