O governo do Canadá anunciou no domingo (4) a extensão da proibição de propriedade estrangeira para proprietários de moradias no país por mais dois anos. A medida tem como objetivo lidar com a crise de acesso à habitação enfrentada pelos canadenses, que são excluídos dos mercados imobiliários em diversas cidades e vilas do país.
A crise é atribuída ao aumento da demanda por moradia devido à imigração e à chegada de estudantes estrangeiros, enquanto os custos crescentes também afetam a indústria da construção civil.
“Como parte do uso de todas as ferramentas possíveis para tornar a habitação mais acessível para os canadenses, a proibição da propriedade estrangeira de moradias canadenses, que atualmente expira em 1º de janeiro de 2025, será estendida até 1º de janeiro de 2027”, disse a vice-primeira-ministra canadense Chrystia Freeland em comunicado.
No último mês, o Canadá anunciou medidas para lidar com o aumento do número de estudantes internacionais, incluindo um limite de dois anos para as autorizações de estudante e restrições nas autorizações de trabalho pós-formação. Essas ações visam controlar o influxo recorde de novos residentes, que está exacerbando a crise imobiliária no país.
O rápido crescimento populacional, impulsionado pela imigração, tem exercido pressão sobre serviços essenciais, como saúde e educação, e contribuiu para o aumento dos custos de moradia. Essas questões têm impactado negativamente o apoio ao primeiro-ministro Justin Trudeau, com pesquisas eleitorais indicando uma possível derrota se as eleições fossem realizadas atualmente.
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Informações retiradas de Kanishka Singh à CNN Brasil