Buscando compreender o comportamento do comprador de imóveis em 2040, em parceria com a Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc), a Deloitte realizou uma ampla pesquisa baseada em dados oficiais e de mercado que servirá de base para que incorporadoras e construtoras possam oferecer soluções cada vez mais específicas.
Mudança na composição familiar:
Temos em curso mudanças importantes no Brasil que corroboram para uma transformação nas configurações familiares. A começar pela taxa de fecundidade em queda, que consequentemente diminui o número de filhos por família.
Além disso, o envelhecimento populacional segue em curso e é esperado que em 2040 a população com mais de 65 anos supere o grupo de 15 anos. Também temos a diminuição de casamentos civis registrados, cuja queda foi de 2,3% entre 2016 e 2017 e aumento de 8,3% nos divórcios.
O que esses isso diz sobre o comportamento do comprador de imóveis?
Essas mudanças impactarão fortemente nas formações familiares, que se tornarão menores e mais diversificadas e a tendência é que as residências ofereçam formatos cada vez mais compactos.
A Geração Z terá mais influência na compra de um imóvel
A pesquisa mostrou que até 2040, a Geração Z terá forte influência sobre a decisão de compra de um imóvel. Esse grupo, formado pelos jovens da atualidade, buscará desenvolver-se profissionalmente e encontrar um lugar onde possam se expressar e serem eles mesmos.
Dessa forma, espaços comuns, fachadas e localização serão necessidades que deverão ser adaptadas à este público pelas as incorporadoras e construtoras.
Fatores que impactarão o mercado de imóveis em 2040
Imóveis multigeracionais:
Um estudo da Fundação NHBC mostrou que as residências de 2050 terão funcionalidades que atendem a todas as gerações ao mesmo tempo, ou seja, sua estrutura levará em conta o aumento da expectativa de vida dos idosos e a conectividade dos jovens com a tecnologia.
Residências com espaços compartilhados:
Com foco no desenvolvimento da carreira e a busca por novas experiências, os jovens adultos do futuro não devem se casar e ter filhos tão cedo como fizeram as gerações anteriores. Dessa forma, eles estarão adeptos ao modelo compartilhado de residências, por meio do qual podem morar onde desejam. Entre os espaços que aceitariam compartilhar estão:
Lavanderia (65%)
Vaga de garagem (56%)
Escritório (49%)
Sala de TV (17%)
Cozinha (13%)
Banheiro (11%)
Quarto (10%)
Compra simplificada:
Impulsionada pelo uso massivo das IAs, a inteligência de dados será uma grande aliada do mercado imobiliário e será cada vez maior a quantidade de informações oferecidas por plataformas de compra e aluguel de imóveis.
Serviços no condomínio:
Uma piscina no condomínio é item indispensável para mais de três quartos dos entrevistados, seguido da vaga para automóvel, academia de ginástica, salão de festas e churrasqueira. Espaços Zen e religiosos foram mencionados com maior frequência pela Geração Z. Oficinas comunitárias e espaços de coworking, no entanto, foram os itens menos citados.
Infraestrutura:
A segurança e baixo índice de violência estão entre os itens primordiais para a compra ou locação de um imóvel, seguidos da proximidade do trabalho, comércio e região com pouco barulho.
Smart home:
Mais da metade dos entrevistados da pesquisa utilizam algum assistente de voz (Siri, Alexa ou Cortana) e a tendência é que os aparelhos eletroeletrônicos respondam a comandos de voz, ou até mesmo gestos dos moradores.
Informações retiradas de Deloitte
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