Em setembro, o Conselho Regional de Corretores de Imóveis de São Paulo (Creci-SP) revelou um aumento tanto nas vendas, com um incremento de 30%, quanto nas locações de imóveis, atingindo uma alta expressiva de 253,46% em comparação ao mês de agosto. O levantamento, realizado em 34 imobiliárias nas nove cidades da Baixada Santista, apontou um cenário impulsionado pela proximidade do final do ano e das férias de verão, levando um grande número de pessoas a alugar imóveis para aproveitar a alta temporada, mantendo alguns deles para uso esporádico.
No entanto, o presidente do Creci-SP, José Augusto Viana Neto, identificou uma situação delicada no mercado, especialmente para pessoas de baixa renda. O término dos contratos de aluguel de 30 meses permite aos proprietários redefinir os valores, atraindo uma fila de interessados dispostos a oferecer valores superiores aos praticados até então. Isso resulta na saída dos locatários, que se veem obrigados a migrar para áreas periféricas, o que gera um cenário de desdobramento: um novo aluguel na periferia e outro para ocupar o imóvel original.
Detalhes revelados mostram que a faixa de valor preferida para aluguel foi de até R$2 mil, com imóveis entre 51 e 100 metros quadrados de área útil. As casas de dois dormitórios foram predominantes, enquanto nos apartamentos, a preferência foi por aqueles com dois ou três dormitórios. O depósito caução se destacou como a principal garantia, e os novos inquilinos optaram majoritariamente por imóveis em áreas periféricas, representando 45,1% das escolhas.
Expansão
O Creci-SP revelou dados sobre o mercado imobiliário na Baixada Santista, destacando preferências e tendências. A maioria das casas vendidas se situava na faixa de até R$300 mil, com dois dormitórios e área útil de 50 a 100 metros quadrados. Já os apartamentos, majoritariamente vendidos até R$350 mil, tinham dois dormitórios e uma área útil entre 51 e 100 metros quadrados.
Segundo Viana Neto, presidente do Creci-SP, a publicação desses dados serve como referência para investidores. Prevê-se um aquecimento no mercado devido às taxas mais baixas do programa Minha Casa Minha Vida em comparação com as convencionais. Além disso, há a perspectiva do Governo incluir uma nova faixa para renda de até R$12 mil mensais, o que promete impulsionar ainda mais o mercado.
Os dados de financiamento revelam que 35,7% das negociações foram feitas via Caixa Econômica Federal, 11,9% por bancos privados, 16,7% à vista e 33,3% parcelados diretamente com os proprietários. Com a queda das taxas de juros, espera-se um crescimento significativo, especialmente no litoral, prevendo um cenário favorável para o mercado imobiliário na região.
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Informações retiradas de Anderson Firmino à A Tribuna