Especialistas ouvidos pelo Portal Costa Norte avaliam que a tendência de altos volumes de vendas e aluguéis de imóveis nas principais cidades do litoral de São Paulo, verificada desde o início do ano até agora, deve continuar ao longo de 2024. José Augusto Viana Neto, presidente do Creci-SP (Conselho Regional dos Corretores de Imóveis de São Paulo), expressou otimismo em relação ao próximo ano, especialmente no que diz respeito ao lançamento de novos imóveis.
Uma pesquisa da entidade revelou que o volume de contratos de aluguel assinados na região da Baixada Santista, que inclui cidades como Bertioga, Guarujá, Itanhaém, Mongaguá, Peruíbe, Praia Grande, Santos e São Vicente, aumentou significativamente em 2023, com um impressionante crescimento de 443%. No mesmo período, o volume de imóveis vendidos quase triplicou, com um aumento de 188%.
Interlocutores ligados ao setor de habitação do litoral atribuem esse aumento nas vendas e aluguéis ao crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) no estado de São Paulo, bem como à localização e à melhoria do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) da região.
O presidente do Creci-SP enfatiza que o alto volume de vendas de imóveis é um indicativo positivo do crescimento do mercado imobiliário no litoral paulista, refletindo a aquisição de novos imóveis por novos moradores na região. No entanto, ele observa que o aumento ainda maior no volume de aluguéis pode ser atribuído a uma alta rotatividade nas locações, não necessariamente ligada a novos empreendimentos imobiliários.
No mercado de locação litorâneo, um volume aparentemente alto de aluguéis não reflete necessariamente a disponibilidade de mais propriedades. Quando os contratos de locação terminam, os proprietários podem aumentar os preços, levando os inquilinos a entregar o imóvel e procurar outro. Isso resulta em uma aparente alta demanda de aluguéis, mesmo sem um aumento real na oferta. Um especialista observa que a taxa de desocupação está incrivelmente baixa, em torno de 97%.
Profissionais envolvidos na formulação de políticas habitacionais e ambientais na região preveem que a demanda por vendas de imóveis deve continuar aumentando em 2024, mas de forma mais gradual. No entanto, eles alertam que os investidores ainda enfrentam desafios relacionados a questões ambientais e zoneamento na região costeira.
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Informações retiradas de Costa Norte