Responsável por 42% das emissões de carbono relacionadas à energia, o setor imobiliário ultrapassa até mesmo a indústria em termos de impacto ambiental. Cerca de 70% dessas emissões são provenientes da operação de edifícios, incluindo energia para elevadores, aquecimento e ar condicionado, enquanto o restante é gerado durante a construção, com destaque para o uso intensivo de cimento e aço.
Para lidar com a pressão ambiental crescente por parte de governos, sociedade e investidores, o setor imobiliário está buscando maneiras de se tornar mais sustentável. Isso é particularmente importante considerando o aumento previsto na construção de novos empreendimentos, devido ao crescimento populacional e à urbanização. Portanto, a transição verde se torna uma prioridade para enfrentar os desafios climáticos que o setor imobiliário enfrenta.
A empresa de investimento Áurea Finvest está se associando ao MIT para criar o primeiro fundo brasileiro dedicado à descarbonização do setor imobiliário. A busca iniciativa investe em startups que possuam tecnologias para reduzir o impacto ambiental e melhorar a resiliência climática na construção civil. Metade dos recursos, aproximadamente US$ 20 milhões, será destinada a startups em estágios iniciais, enquanto o restante será direcionado para aquelas com maior potencial.
O sócio da Áurea Finvest, Diogo Castro e Silva, destaca a importância do setor imobiliário na conquista das metas climáticas, destacando a necessidade de novos códigos de construção e modernização de ativos existentes. O impacto significativo do setor abrange investimentos financeiros e comerciais, como aeroportos, compras e escritórios, e a pressão do mercado está impulsionando as empresas a adotarem práticas mais sustentáveis. Por exemplo, edifícios mais antigos em São Paulo enfrentam desafios para alugar para empresas multinacionais devido à exigência de eficiência energética.
Empresas estrangeiras já exigem certificações sustentáveis, como o selo Leed, que avaliam diversos aspectos, desde o acesso ao transporte público até o uso de materiais e eficiência no consumo de água e energia. A parceria com o MIT reflete uma crescente conscientização sobre a importância da sustentabilidade no setor imobiliário, que desempenha um papel crucial na luta contra as mudanças climáticas.
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Informações retiradas de Thiago Bethônico à Folha