O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) registrou uma inflação de 0,50% em outubro, um aumento em relação ao mês anterior, quando apresentou alta de 0,37%, de acordo com o Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV Ibre). A taxa de inflação ficou um pouco abaixo da mediana das estimativas de 17 consultorias e instituições financeiras, que esperavam 0,54%, com projeções variando de 0,38% a 0,76%.
O índice acumula uma taxa de -4,46% no ano e de -4,57% nos últimos 12 meses. Em outubro de 2022, o índice havia registrado uma queda de 0,97% e acumulava uma alta de 6,52% nos 12 meses anteriores.
O aumento na taxa de inflação do IGP-M foi influenciado pelo aumento nos preços de importantes commodities, como bovinos, açúcar VHP e carne bovina. Essas mudanças, que afetam parcialmente os itens que impactam os preços dos produtos finais no varejo, devem contribuir para atenuar a deflação observada no grupo Alimentação do IPC. Isso tem ajudado a estabilizar a inflação ao consumidor em 2023, de acordo com André Braz, coordenador dos índices de preços do FGV Ibre.
Componentes do IGP-M
Em outubro, o Índice Geral de Preços-Mercado (IGP-M), uma medida importante da inflação no Brasil, apresentou um aumento de 0,53%. Esse índice é composto por três subíndices: o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) e o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC).
O IPA, que reflete os preços no atacado e contribui com 60% do IGP-M, registrou um aumento de 0,60% em outubro, impulsionado pelo aumento nos preços de commodities como bovinos, açúcar VHP e carne bovina. Essa alta nos preços de commodities deve impactar positivamente o grupo Alimentação do IPC, reduzindo a deflação observada de -0,60% para -0,39%, e contribuindo para conter a aceleração da inflação ao consumidor em 2023.
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Informações retiradas de Luana Maria Benedito & Felipe Frisch à CNN Brasil | Valor investe | FGV
