Os preços de imóveis residenciais em Miami continuam a subir de forma significativa, superando a média dos Estados Unidos. Nos últimos 10 anos, os preços de casas e apartamentos na cidade mais do que dobraram. Miami tem se destacado como um dos destinos mais procurados, ao lado de Cingapura e Dubai, com uma alta demanda internacional. Nesses locais, os preços dos imóveis aumentaram até 40%, enquanto os aluguéis estão 50% mais altos do que há dois anos.
Devido a essa tendência de crescimento acelerado, o banco de investimento suíço UBS classificou Miami como a terceira cidade com maior risco de bolha imobiliária global, ficando atrás apenas de Zurique e Tóquio, que estão na categoria de maior risco. Miami se destaca ainda mais nos últimos 12 meses em comparação com essas cidades. Nos últimos cinco anos, Dubai lidera em termos de aumento de preços imobiliários.
Os preços em Miami têm subido tanto nos últimos cinco anos quanto no período mais recente, e na última edição do estudo, a cidade recebeu um índice de 1,38. O UBS classifica como risco de bolha imobiliária cidades com índice a partir de 1,50. Este estudo do banco de investimento analisou os preços de imóveis residenciais em 25 das principais cidades ao redor do mundo.
O índice de pontuação é um indicador crucial que avalia a saúde econômica de um país, sendo calculado com base em cinco subíndices ponderados. Estes subíndices incluem o índice preço-renda, a variação na relação entre hipotecas e o Produto Interno Bruto (PIB), a variação na relação entre a construção e o PIB, bem como a relação de preços entre a cidade e o país.
Futuro menos preocupante
Nos últimos dois anos, o aumento global da inflação e das taxas de juros teve um impacto significativo nos mercados imobiliários dos principais centros financeiros globais, de acordo com o UBS. O índice deste ano revela que apenas duas cidades, Zurique e Tóquio, ainda são consideradas de risco de bolha, em comparação com nove cidades há um ano, que agora estão todas classificadas como sobrevalorizadas. Algumas cidades, como Miami, Genebra, Los Angeles, Londres, Estocolmo, Paris e Sydney, mantiveram sua classificação como sobrevalorizadas.
No entanto, Nova York, Boston, São Francisco e Madri conseguiram reduzir os desequilíbrios e agora são consideradas razoavelmente valorizadas, juntamente com Milão, São Paulo e Varsóvia. Cingapura e Dubai também entraram nessa categoria, embora tenham experimentado um aumento na demanda devido à sua reputação como refúgios geopolíticos.
O crescimento anual nominal dos preços nas 25 cidades analisadas estagnou após um aumento de 10% no ano anterior, e os preços ajustados para a inflação estão agora 5% mais baixos do que em meados de 2022. Isso significa que muitas cidades perderam a maioria dos ganhos reais de preço obtidos durante a pandemia e estão agora próximas dos níveis de meados de 2020.
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Informações retiradas de Marília Almeida à Valor Investe