Um recente estudo promovido pela Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc) revelou que a cidade de São Paulo tem o tamanho médio de imóveis mais reduzido entre nove capitais analisadas. Com uma área privativa média de 96 metros quadrados, a capital paulista lidera a lista das cidades com apartamentos menores. Em contrapartida, Goiânia (GO) ostenta o maior tamanho médio de imóveis, com generosos 144 metros quadrados.
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O presidente da Abrainc, Luiz França, atribui esse resultado a uma tendência global de redução do tamanho dos imóveis em grandes metrópoles. Ele também aponta para o crescimento na venda de estúdios em São Paulo e a construção de Habitações de Interesse Social (HIS), que representam cerca de 40% do total de novos empreendimentos na cidade, como fatores contribuintes para essa tendência.
França sugere que o tamanho dos apartamentos reflete as escolhas de consumo da população, observando que muitos indivíduos optam por unidades menores, desde que estejam localizadas em áreas centrais ou próximas a locais com fácil acesso ao transporte público. Além disso, ele menciona que o Plano Diretor da cidade incentiva a construção de unidades com essa tipologia, alinhando-se às demandas do mercado e das necessidades urbanas em evolução.
O mercado imobiliário em Goiânia está em ascensão, com preços de imóveis em crescimento contínuo. Especialistas acreditam que essa tendência deve persistir, já que os valores ainda estão defasados em comparação com as grandes cidades do Brasil. Prevê-se que os preços dos imóveis na capital goiana continuem a subir acima da média nacional.
Em contraste, Florianópolis, a capital mais cara do país, viu a menor valorização durante o período analisado, com apenas um aumento de 1% no preço do metro quadrado. São Paulo, a segunda cidade mais cara do país em termos de metro quadrado, registrou um aumento de 6% no preço, com um valor médio de R$14.605 por metro quadrado.
Interior de São Paulo
O estudo realizado pela Abrainc acompanhou a evolução dos valores imobiliários em cidades do interior de São Paulo e destacou o município de Piracicaba. Entre 2022 e 2023, Piracicaba experimentou um notável aumento de 38% no preço por metro quadrado, saltando de R$5.611 para R$7.720.
Esse aumento significativo pode ser atribuído à forte correlação da cidade com o setor de agronegócio, que está em um período próspero. Além disso, Piracicaba tem atraído um considerável número de indústrias e serviços, o que impulsionou seu crescimento econômico. Com esse aumento, os preços imobiliários na cidade se equiparam aos de outras grandes cidades do interior, com uma população variando entre 400 e 800 mil habitantes.
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Informações retiradas de Breno Damascena à Estadão