O custo de vida no Brasil, especialmente nas grandes cidades, está aumentando significativamente. De janeiro a julho, o valor médio dos aluguéis residenciais subiu três vezes mais rápido do que a inflação, de acordo com um estudo da FipeZap+. Goiânia foi a capital mais afetada, com um aumento de 37% no aluguel médio entre julho de 2022 e julho de 2023.
Além disso, o aluguel de espaços comerciais registrou a maior alta em uma década. Nesse cenário, torna-se cada vez mais difícil para os brasileiros realizar o sonho da casa própria, uma vez que é necessário economizar uma média de 259 salários mínimos para comprar uma kitnet de 40m². Este contexto reflete o encarecimento do mercado imobiliário no Brasil.
De janeiro a julho deste ano, o reajuste médio do aluguel subiu impressionantes 10,7%, um aumento três vezes maior do que a alta da inflação oficial medida pelo IPCA, que foi de aproximadamente 3% no mesmo período.
Entre as 25 cidades brasileiras analisadas pelo levantamento FipeZap+, Goiânia se destacou com o maior aumento de preço médio de aluguel residencial entre julho de 2022 e julho de 2023, registrando uma impressionante alta de 37,4% no acumulado dos doze meses. Esse aumento é duas vezes maior do que a média nacional, que foi de 16,3%.
Os preços médios de aluguel e compra de imóveis residenciais no Brasil apresentam tendências distintas. Em julho deste ano, o preço médio por metro quadrado para aluguel em São Paulo superou o do Rio de Janeiro, com uma kitnet de 40m² custando R$ 1.987 em São Paulo e R$1.719 no Rio de Janeiro.
O preço médio por metro quadrado para compra de imóveis no Brasil atingiu R$8,5 mil em julho de 2023, o que significa que os brasileiros precisam economizar cerca de R$342 mil para adquirir uma kitnet, equivalente a 259 salários mínimos, que atualmente estão em R$1.320.
Comparando com julho de 2019, houve um aumento significativo nos preços imobiliários, com o metro quadrado médio no Brasil subindo de R$7.179 para R$8.5 mil. Um exemplo notável desse aumento é a cidade de Balneário Camboriú, Santa Catarina, que viu seus preços de imóveis subirem de R$7.229 para R$12.3 mil por metro quadrado em quatro anos.
O metro quadrado de imóveis de um quarto se mantém mais caro em média do que aqueles com dois ou mais quartos. Uma explicação para essa disparidade de preços está na presença frequente de apartamentos pequenos em áreas altamente valorizadas.
Em julho de 2023, o valor médio de venda por metro quadrado para residências de um quarto foi de R$10 mil, enquanto imóveis de dois quartos foram comercializados a R$7,7 mil por metro quadrado, os de três quartos a R$8,2 mil e os de quatro quartos ou mais atingiram R$9,8 mil por metro quadrado.
Além disso, o mercado de aluguel de espaços comerciais também registrou um aumento significativo de preços, marcando a maior alta em uma década. Em julho de 2013, a taxa de aumento acumulado em doze meses foi de 5,1%, mas no mesmo período de 2023, esse crescimento atingiu 6%, evidenciando a escalada dos custos para locação de imóveis comerciais.
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Informações retiradas de Eduardo Chaves e Renata Buono à Piauí