Em um surpreendente ressurgimento, os escritórios estão demonstrando uma resiliência notável após o fim da pandemia, com um futuro mais robusto do que o previsto anteriormente. De espaços outrora desertos, ocupados por cadeiras e mesas vazias, as empresas agora estão investindo na criação de ambientes inovadores e confortáveis para seus funcionários.
O retorno gradual ao trabalho presencial, somado ao aquecimento da economia, especialmente no setor de serviços, tem impulsionado a demanda por escritórios de alto padrão em São Paulo e outras capitais.
Um exemplo dessa tendência é observado no setor de saúde, onde a Rede D’Or alugou um edifício completo de escritórios nos Jardins, em São Paulo, na Alameda Santos. A G4 Educação, uma instituição de ensino de negócios, também está ampliando sua presença, alugando um andar inteiro em um dos prédios mais emblemáticos da Avenida Luis Carlos Berrini, o Thera Corporate.
Além disso, a construtora Plano&Plano assegurou um contrato de locação para 2 mil metros quadrados de espaço de escritório em um novo edifício no Butantã. Este novo escritório será cerca de duas vezes maior do que o local atual, situado no Brooklin.
Nos próximos meses, espera-se um impulso no movimento de expansão de espaços de escritórios, impulsionado pelo início do ciclo de redução da taxa básica de juros no início do mês. Grandes empresas já estão encomendando estudos para ampliar suas instalações de escritórios, de acordo com consultorias imobiliárias ouvidas pelo Estadão.
Embora no primeiro trimestre do ano esse crescimento não fosse evidente devido às devoluções de áreas ocorridas durante a pandemia, a situação está mudando. Na cidade de São Paulo, as locações de escritórios tiveram um saldo negativo de 10 mil metros quadrados no período, de acordo com a consultoria imobiliária Newmark.
No primeiro semestre deste ano, a cidade de São Paulo registrou a locação de 215 mil metros quadrados de escritórios, considerando apenas as novas locações e sem contar as devoluções. Esse desempenho se aproxima da média anual histórica de 250 mil metros quadrados entre os anos de 2007 e 2022, de acordo com uma consultoria especializada.
A demanda por espaços corporativos na cidade tem crescido, conforme confirmado pela CBRE, líder global em aluguel de escritórios. No segundo trimestre, houve um aumento de quase 50% nas locações em comparação com o primeiro trimestre, marcando o sexto melhor resultado trimestral desde 1979.
No segmento de escritórios de altíssimo padrão, conhecidos como “Triple A”, a demanda por locações em São Paulo se manteve positiva pelo quinto trimestre consecutivo, entre os meses de abril e junho deste ano.
No segundo trimestre, houve um notável aumento na procura por locação de escritórios em diversas cidades do Brasil, de acordo com informações da CBRE, uma renomada empresa especializada em serviços imobiliários. Além de São Paulo, essa tendência também foi observada em outras importantes praças do país, como Brasília, Belo Horizonte, Curitiba e Rio de Janeiro.
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Informações retiradas de Estadão