Uma pesquisa recente realizada pelo DataZap e apresentada no relatório Raio-X FipeZAP+ do 2º trimestre de 2023 destacou mudanças na percepção da população brasileira em relação aos preços de imóveis. No 2º trimestre de 2022, 76% das pessoas consideravam os preços “altos ou muito altos”.
No entanto, no mesmo período deste ano, essa porcentagem diminuiu para 72%. A pesquisa envolveu 1.139 participantes e revelou que aqueles que consideravam os preços “razoáveis” aumentaram ligeiramente, de 17% para 18%. Além disso, houve um crescimento na parcela da população que via os preços como “baixos ou muito baixos”, passando de 2% para 4%.
O estudo também explorou a perspectiva daqueles que adquiriram imóveis nos últimos 12 meses. No segundo trimestre de 2022, 71% desses compradores consideravam os preços “altos ou muito altos”. Contudo, esse número registrou uma queda para 64% no mesmo período de 2023.
No cenário atual, observou-se uma mudança nas percepções em relação aos preços de imóveis, de acordo com dados do DataZAP+. O percentual de pessoas que avaliava os preços como “baixos ou muito baixos” permaneceu estável em 2%. No entanto, houve um aumento significativo naqueles que os consideravam “altos ou muito altos”, que passou de 75% para 68%.
Em contrapartida, a proporção daqueles que julgavam os preços como “razoáveis” experimentou um crescimento de 19% para 22%. Essas percepções podem ser influenciadas pelos momentos de aquecimento no mercado, como apontado pela economista Larissa Gonçalves. Além disso, entre os indivíduos que planejam adquirir um imóvel nos próximos três meses, a porcentagem que via os preços como “altos ou muito altos” diminuiu, possivelmente indicando um ajuste nas expectativas.
Os potenciais compradores tendem a ter uma visão menos otimista devido ao estágio inicial de busca, resultando em percepções de preços mais elevados a curto prazo e incerteza sobre a valorização a longo prazo.
Segundo Larissa, entre os proprietários existentes, houve um declínio na proporção que considera os preços altos ou muito altos, passando de 75% para 72%. Enquanto isso, a parcela que percebe os preços como razoáveis diminuiu de 17% para 15%. Em contrapartida, a proporção daqueles que julgam os preços baixos ou muito baixos aumentou de 3% para 9%.
Quer continuar atualizado sobre o mercado imobiliário? Então se inscreva na nossa Newsletter. Todas as terças e sextas, às 7:15, nós enviamos no seu e-mail as principais notícias do mercado Imobiliário. Vejo você lá!
Informações retiradas de Breno Damascena à Estadão