A Taxa Selic é a taxa básica de juros da economia brasileira, definida e apurada pelo Banco Central (Bacen). Frequentemente mencionada em notícias econômicas, a Selic reflete as mudanças nos juros do Brasil, afetando o panorama financeiro do país.
Instituições financeiras utilizam essa taxa como referência para estabelecer seus próprios juros, sendo a base para inúmeras transações de curto prazo entre elas. A partir da Selic, surge a taxa DI (ou CDI), que influencia as negociações interbancárias. Essa taxa geralmente se situa ligeiramente abaixo da Selic.
Para que serve a taxa Selic?
No cenário econômico brasileiro, a Taxa Selic desempenha um papel crucial em duas áreas principais. Primeiramente, ela serve como um indicador para as taxas de juros praticadas por instituições financeiras em empréstimos e financiamentos. Além disso, a Selic exerce um papel fundamental no controle da inflação no país.
A inflação, que é o aumento geral dos preços de produtos e serviços, muitas vezes é resultado de desequilíbrios entre oferta e demanda. Quando a oferta supera a demanda, os preços tendem a diminuir, e quando a demanda supera a oferta, os preços tendem a subir.
Para controlar a inflação, o governo pode influenciar a demanda por meio do crédito. Se a Taxa Selic é reduzida, os empréstimos se tornam mais acessíveis, estimulando a demanda e evitando um aumento descontrolado de preços. Em contraste, quando a Selic é elevada, os empréstimos tornam-se mais caros, desestimulando a demanda e, consequentemente, ajudando a conter a inflação.
Qual é o valor atual?
Na última quarta-feira (02/08), o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central anunciou um corte de juros, diminuindo a taxa Selic de 13,75% para 13,25% ao ano, a primeira queda em 3 anos. No comunicado da decisão, o Banco Central indicou que pretende continuar reduzindo o juro básico da economia nos próximos meses.
O mercado financeiro também revisou suas projeções: a expectativa para a taxa Selic ao final de 2023 passou de 12% para 11,75%, enquanto a projeção para o encerramento de 2024 caiu de 9,25% para 9%. O Banco Central está focando em definir a taxa básica de juros visando a meta do próximo ano e o objetivo para o início de 2025, com o intuito de controlar a inflação.
Qual é o impacto da Selic no mercado imobiliário?
A relação entre a Selic e o mercado imobiliário apresenta influências cruciais:
Demanda por Imóveis: A taxa Selic influencia a oferta de crédito disponível para os cidadãos. Quando a Selic está baixa, há mais recursos circulando na economia, resultando em maior procura por produtos e serviços, inclusive imóveis. Com a demanda aumentando, os preços dos imóveis também tendem a subir, refletindo essa crescente procura.
Preços dos Imóveis: Períodos de Selic mais baixa estão associados a uma elevação gradual dos preços dos imóveis, devido à maior demanda por esses bens. A combinação entre a disponibilidade de crédito e o interesse dos consumidores em investir em imóveis contribui para essa tendência de valorização.
A taxa Selic, além de influenciar diretamente a economia, desempenha um papel crucial no mercado imobiliário do Brasil. Quando a Selic está baixa, as construtoras e empresas de construção civil enfrentam custos menores para desenvolver projetos, graças a empréstimos mais acessíveis e linhas de crédito disponíveis. Isso resulta em um aumento na oferta de imóveis, equilibrando a demanda. No entanto, a relação entre a Selic e os preços dos imóveis não é linear, pois o aumento na oferta pode contrabalançar o efeito da demanda elevada.
Além disso, a taxa Selic afeta diretamente os juros de financiamentos imobiliários. Bancos e instituições financeiras usam a Selic como referência para determinar seus próprios juros. Quando a Selic sobe, os financiamentos se tornam mais caros, potencialmente reduzindo a demanda por esses contratos. O inverso ocorre quando a Selic cai.
Vale destacar que essa taxa não é o único fator que influencia o mercado imobiliário e os custos das transações. Diferentes elementos, como localização do imóvel, capacidade de pagamento do comprador, número de parcelas e risco de crédito para a instituição financeira, também desempenham um papel fundamental na determinação dos custos de financiamento.
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Informações retiradas do Portal Loft