Segundo uma pesquisa realizada pela Brain Inteligência Estratégia para a Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc), 88,4% dos possíveis compradores não conseguem adquirir imóveis com taxas a 11%. Atualmente, as taxas reguladas para o financiamento imobiliário a pessoas físicas, de acordo com levantamento do Banco Central, ficaram em média em 9,65% em junho.
No entanto, em alguns grandes bancos, como Inter e Santander, os juros para essa modalidade ultrapassaram o limite de 11% ao ano, o que tem se tornado preocupante, pois já está próximo do patamar considerado inviável para a maioria dos compradores.
Segundo o levantamento apenas 11,6% dos entrevistados estão dispostos a adquirir um imóvel com a taxa de juros do financiamento acima de 11% ao ano. O estudo revelou que, dentre os grupos pesquisados, aqueles com salários de até R$4 mil são os que mais recorrem ao financiamento imobiliário para a compra da casa própria, representando 63% desse grupo. Contudo, essa parcela da população tende a ser a mais prejudicada pela política de juros altos.
Especialistas comentam
Luiz França, presidente da Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc), enfatiza a importância do financiamento para tornar possível a aquisição da casa própria, especialmente para as parcelas mais carentes da população. De acordo com os resultados de uma pesquisa, as taxas de juros desempenham um papel crucial na viabilidade do financiamento imobiliário para a maioria dos brasileiros, o que tem limitado o acesso à moradia para muitas pessoas no país.
Essas informações são fundamentais para entender o mercado imobiliário e podem servir de orientação para a formulação de políticas públicas e a criação de empregos. Luiz França destaca a urgência da redução da taxa Selic como uma medida necessária para abordar essa questão.
Quer continuar atualizado sobre o mercado imobiliário? Então se inscreva na nossa Newsletter. Todas as terças e sextas, às 7:15, nós enviamos no seu e-mail as principais notícias do mercado Imobiliário. Vejo você lá!
Informações retiradas de Valor Investe