De acordo com o Índice FipeZAP+, que acompanha os novos contratos de locação em 25 cidades do Brasil, o preço do aluguel residencial registrou aumento de 9.24% no 1º semestre deste ano. A alta superou em três vezes a taxa de inflação oficial do período, que foi de 2,87%.
Essa valorização dos aluguéis residenciais foi ainda mais expressiva se comparada ao Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), que registrou uma queda de -4,46% no mesmo período, agravando a discrepância entre os dois indicadores.
No primeiro semestre deste ano, os imóveis de um dormitório lideraram a alta no mercado imobiliário, registrando um aumento de 10,38%. Essa valorização foi o dobro em comparação às unidades maiores, com quatro quartos ou mais, que tiveram um aumento um pouco acima de 5%.
Especialistas comentam
De acordo com especialistas do setor imobiliário, essa tendência de valorização está diretamente relacionada ao fim da emergência sanitária da Covid-19. Durante o auge da pandemia, o trabalho remoto incentivou muitas pessoas a buscar espaços maiores, inclusive em áreas mais afastadas dos centros urbanos. No entanto, com a retomada do trabalho presencial, houve um reaquecimento na procura por imóveis compactos em regiões mais centrais das cidades.
Segundo o economista Pedro Tenório, o efeito observado atualmente no mercado imobiliário é totalmente pós-pandêmico, com impacto significativo no mercado de trabalho. A dinâmica dos imóveis de um dormitório, concentrados principalmente no centro das grandes cidades, está fortemente relacionada a esse cenário. O motivo é a possibilidade de aproveitar a localização privilegiada do centro da cidade e ter a conveniência de deslocar-se pessoalmente para o trabalho.
Quer continuar atualizado sobre o mercado imobiliário? Então se inscreva na nossa Newsletter. Todas as terças e sextas, às 7:15, nós enviamos no seu e-mail as principais notícias do mercado Imobiliário. Vejo você lá!
Informações retiradas de G1