De acordo com um levantamento realizado pelo DataZap+, braço de inteligência do portal imobiliário ZAP, a ampliação do valor máximo do imóvel financiado pelo programa Minha Casa Minha Vida para R$350 mil, em comparação com os R$264 mil da regra anterior, pode impulsionar a demanda por financiamentos em 76% na cidade de São Paulo.
Essa mudança se aplica à faixa 3 do programa, que é destinada a indivíduos com renda mais alta, variando entre R$4.400,01 e R$8.000. A elevação do limite de valor tem duas consequências diretas na demanda por financiamento.
A ampliação do valor máximo do imóvel na faixa 3 do programa Minha Casa Minha Vida terá duas principais consequências em São Paulo, uma das cidades com o metro quadrado mais caro do Brasil. A primeira é que mais imóveis serão incluídos no programa, o que resultará em uma oferta maior de imóveis elegíveis. Isso abrirá oportunidades para um número maior de famílias que buscam a casa própria, uma vez que terão mais opções para escolher que se aproximem de suas necessidades.
O estudo baseou-se em dados do primeiro trimestre de 2023, cruzando informações da Pnad Contínua para avaliar quantas famílias possuem renda suficiente para arcar com as parcelas e que se encaixam nos critérios de renda estabelecidos pelo programa. Também foram considerados os preços de anúncios de imóveis na capital paulista registrados nos portais do Zap.
Especialistas comentam
Pedro Tenório, economista do DataZAP+, afirma que a expectativa é de que essa medida impulsione o mercado imobiliário em São Paulo e permita que um número maior de famílias realize o sonho da casa própria. Com mais imóveis disponíveis e acessíveis, é provável que haja um aumento no interesse das famílias que possuem a renda necessária para adquirir um imóvel por meio do financiamento do programa.
A conclusão partiu de um cruzamento de dados no 1º trimestre de 2023, para avaliar quantas famílias possuem renda suficiente para arcar com as parcelas e que se encaixam nos critérios de renda estabelecidos pelo programa e os preços de anúncios de imóveis na Capital registrados nos portais do Zap.
“A análise também considerou dados do mercado imobiliário de São Paulo, levando em conta o número de imóveis transacionados entre setembro de 2019 e setembro de 2021, com preços que se enquadram nas faixas de valor analisadas. Os dados utilizados foram obtidos a partir da disponibilização pública dos dados do Imposto sobre Transmissão de Bens Imóveis (ITBI) pela prefeitura de São Paulo, atualizados pelo FipeZAP+ Residencial Venda São Paulo”, informa a empresa.
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Informações retiradas de Isabel Filgueiras à Valor Investe