Os primeiros resultados do Censo 2022, divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) na quarta-feira (28), apontaram que o Brasil tem 203,1 milhões de habitantes, um aumento de 12 milhões de habitantes em relação último censo realizado em 2010, a taxa de crescimento mais baixa do país em 150 anos.
Veja os pontos de destaque da pesquisa:
- Segundo as projeções, em algum momento das próximas década a população brasileira vai começar a diminuir. Em 2022, algumas capitais tiveram redução no número de habitantes, são elas: Rio de Janeiro, Salvador, Belo Horizonte, Porto Alegre, Recife, Fortaleza e Belém. Com destaque para a capital baiana, que perdeu quase 10% dos seus habitantes em comparação a uma década atrás.
- As seguintes regiões demonstraram aumento: São Paulo, Brasília, Manaus, Curitiba, São Luís, Maceió, Campo Grande, Teresina e João Pessoa, este último com crescimento de 15,3%, o maior entre as capitais.
- O aumento populacional da região Centro-Oeste, cresce numa taxa em dobro da média nacional. Enquanto a população do país como um todo teve um aumento médio anual de +0,5%, a do Centro-Oeste subiu +1,23%. É a maior taxa no Brasil.
- Campo Grande foi um dos destaques entre as cidades que mais cresceram, a capital de Mato Grosso do Sul teve um salto de +14,1%.
- As demais partes do Brasil tiveram crescimento abaixo de 1%, depois do Centro-Oeste aparecem nesta ordem as regiões Norte (+0,75%), Sul (0,74%), Sudeste (+0,45%) e Nordeste (+0,24%).
- O Sudeste ainda concentra quase metade dos habitantes do país, só São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais correspondem juntos a 41,8% da população brasileira.
- Depois do Sudeste as regiões mais populosas são Nordeste, Sul, Norte e Centro-Oeste que apesar do crescimento por enquanto ainda é região brasileira com menos pessoas.
- A diminuição no número de moradores por domicílio, acompanha uma tendência já mostrada pelas últimas três edições do Censo, em 2022 esse número é de menos de 3 moradores por lar (2,79).
- O número de domicílios no país aumentou 34% desde 2010, ou seja, a população está dividida em um maior número de residências com menos moradores em cada uma delas. O Norte tem a maior densidade domiciliar, seguida por Nordeste, Centro-Oeste, Sudeste e Sul.
E por que o Censo é importante?
Saber o tamanho da população e o número de domicílios é fundamental pra ter dados mais precisos e atualizados que ajudem a projetar políticas públicas. Saber quais áreas precisam ou não de mais escolas, hospitais ou infraestrutura de saneamento, por exemplo.
Em 2022, a pesquisa sofreu atrasos por causa da pandemia e ficou até ameaçado de não acontecer por conta de cortes no orçamento. Quase 107 milhões de endereços em todo o país foram visitados pelos pesquisadores do Censo. Nos próximos meses, serão divulgadas novas informações como por exemplo, sobre povos indígenas, migração e religião, mas ainda sem uma data definida.
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Informações retiradas de Laís Alegretti à BBC News