O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva planeja utilizar recursos do Fundo Garantidor da Habitação Popular (FGHab) a partir de setembro para financiar parte da compra de imóveis por trabalhadores autônomos.
O secretário Nacional de Habitação, Hailton Madureira de Almeida, estima que cerca de R$ 800 milhões serão destinados do fundo, com o objetivo de reduzir os riscos de crédito normalmente associados aos trabalhadores autônomos sem contrato fixo de trabalho.
A expectativa é que esses recursos auxiliem no financiamento de aproximadamente 150 mil a 200 mil imóveis. Essa iniciativa pode ter impacto para as empresas do setor imobiliário que trabalham com o programa Minha Casa Minha Vida, como a MRV, Direcional e Tenda, entre outras.
O secretário de Habitação do Ministério da Integração e Desenvolvimento Regional, Almeida, afirmou em um evento organizado pelo Citi que existe uma falha de mercado no acesso ao crédito para trabalhadores autônomos informais. Segundo ele, esse grupo tem uma taxa de reprovação de crédito mais alta.
Para solucionar esse problema, Almeida destacou a função do Fundo Garantidor e anunciou planos de desenvolver o financiamento para esse segmento da população, reduzindo os riscos e incentivando o mercado a se desenvolver. Ele acredita que não será necessário oferecer apoio por vários anos.
Além disso, o secretário mencionou que os financiamentos imobiliários com o uso do FGTS devem alcançar 450 mil neste ano, e com o suporte aos trabalhadores informais, espera-se um aumento de 50 mil a 100 mil imóveis por ano.
O governo brasileiro planeja reativar o Fundo Garantidor da Habitação Popular (FGHab) para impulsionar o mercado imobiliário e atender a população de baixa renda. O fundo, inicialmente criado como parte do programa Minha Casa Minha Vida, será remunerado por uma taxa de juros ainda a ser definida. Embora não haja planos imediatos para captação de recursos adicionais, caso os recursos sejam bem utilizados, poderá ser discutido um orçamento ou aporte financeiro da União no fundo.
A ideia é direcionar esses recursos para beneficiar os trabalhadores autônomos informais com renda de 1 a 2 salários mínimos, que compõem a Faixa 1 do Minha Casa Minha Vida e enfrentam escassez de ofertas de imóveis. O governo considera que o fundo desempenhou seu papel inicial de seguro contra danos e riscos para as obras de imóveis do programa, e agora busca estimular o mercado de seguros nessa área.
Quer continuar atualizado sobre o mercado imobiliário? Então se inscreva na nossa Newsletter. Todas as terças e sextas, às 7:15, nós enviamos no seu e-mail as principais notícias do mercado Imobiliário. Vejo você lá!
Informações retiradas de Filipe Serrano à Bloomberg