Durante a pandemia, muitos brasileiros começaram a trabalhar em esquema de home-office, fazendo com que suas rotinas de trabalho invadissem o espaço antes destinado apenas à família. Isso levou muitas pessoas a sonharem com uma mudança radical em seu estilo de moradia, buscando ambientes mais amplos e com mais contato com a natureza.
Para escapar dessa situação, muitos indivíduos com melhores condições financeiras transformaram esse sonho em realidade, investindo em coberturas em edifícios. Tradicionalmente associadas a custos elevados, incluindo o valor mensal do condomínio, que geralmente é mais alto do que nos demais apartamentos do mesmo prédio, as coberturas passaram a ser vistas de forma diferente devido ao aperto causado pela pandemia.
Além disso, o mercado imobiliário reagiu às demandas crescentes, lançando novos empreendimentos com uma variedade de coberturas disponíveis em diferentes tamanhos e faixas de preços. Essa oferta ampliada contribuiu para que mais pessoas pudessem considerar a possibilidade de adquirir uma cobertura como solução para as necessidades de espaço e qualidade de vida.
A pandemia e suas restrições impulsionaram a reflexão sobre a relação custo-benefício dos imóveis, levando muitos a repensarem suas prioridades e valorizarem aspectos como espaço, conforto e proximidade com áreas verdes. Assim, as coberturas em edifícios tornaram-se uma alternativa atraente para aqueles que desejam melhorar sua qualidade de vida e equilibrar o trabalho e a vida familiar em um ambiente mais espaçoso e com maior contato com a natureza.
O mercado imobiliário no Brasil passou por mudanças significativas devido à pandemia, impulsionando a busca por residências mais espaçosas e confortáveis. Nesse cenário, as casas em condomínios horizontais surgem como uma opção em alta, oferecendo segurança sem abrir mão do sonho de morar com jardim e espaço.
Essa demanda crescente resultou em ajustes nos valores e escassez desse tipo de imóvel no mercado. Os corretores de imóveis enfrentam o desafio de ter clientes interessados e com recursos financeiros, porém sem encontrar residências que atendam às suas necessidades.
A Coelho da Fonseca, maior imobiliária especializada em imóveis de alto padrão em São Paulo há quase 50 anos, registrou um impressionante crescimento de 250% na procura por casas e coberturas nos bairros luxuosos da cidade nos últimos dois anos. Esses imóveis estão disponíveis a partir de 5 milhões de reais.
De acordo com Luiz Coelho da Fonseca, diretor de uma imobiliária, o conceito de “morar bem” mudou durante a pandemia. Anteriormente, a proximidade com o local de trabalho era priorizada para otimizar o tempo gasto no trânsito, levando à preferência por apartamentos. No entanto, muitos compradores passaram a valorizar mais o espaço oferecido pelas casas e estão abrindo mão da proximidade com o trabalho.
Antes da pandemia, 70% dos negócios da imobiliária envolviam apartamentos, enquanto casas e coberturas representavam 30%. Nos últimos dois anos, essa participação se inverteu, com a preferência se inclinando para casas. Essa tendência deve continuar, mesmo com o aumento dos preços desses imóveis.
É importante ressaltar que a mudança para uma casa envolve considerações além das financeiras, como a responsabilidade pela manutenção periódica e custos adicionais, como cuidados com jardim e piscina. Apesar disso, muitas pessoas estão realizando o sonho de ter mais espaço em suas residências.
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Informações retiradas de Renata Firpo à Veja