De acordo com fontes não identificadas, a China está se preparando para implementar um novo pacote de medidas a fim de apoiar o mercado imobiliário, após as últimas tentativas não conseguirem sustentar uma recuperação satisfatória do setor. Os reguladores chineses estão avaliando diversas ações, incluindo a redução da entrada exigida para financiamento imobiliário em bairros periféricos das grandes cidades, a diminuição das comissões dos corretores e uma flexibilização ainda maior das restrições de compra.
Além disso, o governo pode revisar e estender algumas políticas estabelecidas no pacote de resgate de 16 medidas lançado no ano passado. É importante ressaltar que os planos ainda estão sendo discutidos e estão sujeitos a alterações antes de serem finalizados. O Ministério da Habitação não respondeu a um pedido de comentário.
O setor imobiliário chinês enfrenta desafios persistentes, apesar de ter evitado um colapso iminente. Sinais de fraqueza renovada surgiram no mercado residencial, com um crescimento menor nas vendas de imóveis em maio, em comparação aos dois meses anteriores.
Analistas da Bloomberg Economics e Bloomberg Intelligence alertaram que o setor ainda está em uma trajetória de declínio, apesar de alguns indícios de atividade mais estável. Embora a situação atual possa não representar uma crise iminente, o setor imobiliário continua sendo um obstáculo significativo para a segunda maior economia do mundo.
A recuperação econômica da China mostrou sinais de desaceleração em abril, após um início promissor de atividade do consumidor. De acordo com economistas consultados pela Bloomberg, a previsão de crescimento do PIB do país para este ano foi revisada para baixo, de 5,6% para 5,5%. Além disso, o crescimento dos preços das casas também apresentou uma desaceleração no mesmo período.
Embora o governo chinês tenha implementado uma série de políticas abrangentes no ano passado para estimular a economia, um problema eminente é a enorme dívida das empresas de construção, que equivale a cerca de 12% do PIB chinês. Essa dívida representa um risco de inadimplência e ameaça a estabilidade financeira do país, de acordo com análise da Bloomberg Economics.
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Informações retiradas de Emma Dong, Fran Wang e Tania Chen à Bloomberg